Com o Europeu de futebol a chegar aos seus jogos decisivos e as principais ligas de futebol ainda no início dos seus trabalhos, é tempo para procurarmos os campeonato que, durante o verão, nos vão dando razões para os seguirmos com atenção, seja porque algumas equipas conseguem, a espaços, ter alguma presença em competições europeias, seja porque dali sempre vão saindo jogadores que acabam por conquistar espaço em provas mais exigentes. Na primeira abordagem vamos até à Finlândia, onde o campeonato regressa à ação este fim-de-semana, depois de uma paragem durante o Euro.
HJK à procura de retomar domínio
A maior equipa da Veikkausliiga, a Liga Finlandesa, é o HJK, com sede na capital, Helsínquia. Depois de anos de domínio, em que conseguiram ganhar todas as edições do campeonato entre 2009 e 2014, viram a série interrompida no ano passado pelo SJK. No entanto, durante a primeira parte do campeonato deste ano voltaram a assumir a liderança da competição, estando isolados em primeiro lugar com o IFK Mariehamn na sua perseguição.
Numa equipa onde se destaca a experiência de Taye Taiwo, lateral esquerdo que passou pelo Olympique de Marselha, AC Milan e Dínamo de Kiev, e o veterano Mikael Forssell, que chegou a jogar no Chelsea, o número de jogadores estrangeiros permite-lhe apresentar uma qualidade técnica acima da média na competição. O seu melhor marcador é o jovem colombiano Alfredo Morelos, que encontrou no HJK porta de entrada na Europa, mas que se espera poder dar o salto para outra liga muito em breve.
Já o IFK Mariehamn tem sido uma das grandes surpresas da época, visto que foi apenas o 6º classificado da época passada. No seu plantel tem-se vindo a destacar o jamaicano Dever Orgill, que é o melhor marcador da competição, ele que cumpre já a sua quarta temporada na Finlândia. O último título deste clube foi alcançado em 1961 e, caso continue a fazer frente ao poderio do HJK, a história poderá ser desafiada.
É possível recuperar da ressaca?
As duas equipas que animaram o topo da tabela em 2015 estão a fazer temporadas muito fracas e, no caso do SJK, mesmo ameaçando ter que lidar com a luta pela manutenção, meses depois de ter feito a festa do título. O técnico Simo Valakari conta com um plantel onde a maioria dos jogadores são nacionais, ainda que a presença do costa-marfinense Meité lhe ofereça alguma experiência e veterania para a linha defensiva. Na frente de ataque vai brilhando Roope Riski, jogador que já passou por Itália e que, aos 24 anos, ainda apresenta todas as condições de poder vir a brilhar num nível de maior exigência.
O RoPS não tem estado tão bem como no ano passado, também, embora mantenha aspirações de poder recuperar a sua posição e lutar pela Europa. Neste momento é o 5º classificado. O avançado Aleksandr Kokko, nascido na Rússia, e o defesa Janne Saksela, são duas das armas desta equipa, sendo dos jogadores do campeonato finlandês que ainda vão conseguindo ser chamados para a seleção nacional.
Kaby Djaló é representante nacional
Filho de Bobó, antigo jogador do Boavista e do FC Porto, Kaby Djaló é o representante do futebol português na Finlândia. A atuar no Kemi, oitavo classificado, ao serviço do qual cumpre a segunda temporada, realizou nove jogos, tendo marcado um golo. O jogador atua preferencialmente como médio-centro e, depois de passar pelo Chipre, Roménia e Polónia, encontrou aqui espaço para mostrar o seu melhor futebol. Aos 24 anos, ainda pode aspirar a poder regressar a um nível competitivo mais elevado.
Boas Apostas!