Novak Djokovic – Roger Federer (Open da Austrália)
Novak Djokovic e Roger Federer marcam encontro para a manhã de quinta-feira, na primeira semifinal do Open da Austrália. Entre os dois somam nove títulos do Grand Slam australiano e vão desempatar uma rivalidade que conta vinte e duas vitórias para cada lado. Se há um tenista no circuito capaz de bater o número um do mundo, é o suíço. Se não conseguir, vamos pelo menos assistir a uma masterclass de ténis.
Novak Djokovic já venceu cinco vezes o Major australiano. O primeiro título foi conquistado em 2008, frente a Jo-Wilfried Tsonga. Seguiram-se mais três à custa de Andy Murray e um arrancado a Nadal, numa final absolutamente épica. Em 2016 tenta ganhar o sexto troféu e se concretizar a sua ambição será o segundo homem a sagrar-se hexacampeão do Open da Austrália, seguindo os passos de Roy Emerson.
Nos oitavos de final, o número um mundial sofreu o primeiro abanão. Gilles Simon dificultou e muito a vida ao sérvio (6-3, 6-7, 6-4, 4-6, 6-3). Foi obrigado a cinco sets, o que claramente não estava nos planos, e sobretudo serviu para alertar para a necessidade de apurar as suas prestações em court. Esperava-se mais de Kei Nishikori nos quartos de final, tendo em conta as suas prestações nas rondas anteriores. O nipónico tentou reagir à boa entrada do líder mundial no segundo e terceiro sets, sendo muito agressivo, mas não foi capaz de manter esse intensidade. Talvez algum problema físico, ou simplesmente o cansaço acumulado. Facto é que Novak soube manter a compostura quando estava sob ataque cerrado e obrigou Nishikori a esticar cada ponto. Pouco mais de duas horas em court e a sensação do próprio de que conseguiu elevar a sua performance em relação à ronda anterior são dados importantes para enfrentaa a meia-final diante de um adversário que, afirma Novak, vai exigir o melhor de si.
Em 2015 Roger Federer caiu na terceira ronda, diante de Andreas Seppi. Foi um resultado completamente inesperado para o quatro vezes vencedor do torneio (2004, 2006, 2007, 2010) que nas quatro edições anteriores tinha sido semifinalista. Talvez por isso, e também pela qualidade da oposição, o momento mais difícil de ultrapassar foi essa mesma ronda. Grigor Dimitrov foi o único a roubar um set ao suíço (6-4, 3-6, 6-1, 6-4). Nos quartos de final Federer voltou a enfrentar Tomas Berdych. O checo é um adversário muito competente mas o número três mundial esteve muito assertivo e fez o seu jogo. O tempo gasto em court quase bateu ao minuto o duelo entre Novak e Kei (duas horas e seis minutos). Roger fez quarenta e oito winners, vinte e seis erros não forçados. O diferencial esteve, provavelmente, no jogo de rede. O suíço teve oitenta e três por cento de sucesso quando optou por fazer aproximações.
2015 | Finais do World Tour | Djokovic | 2 | 6 | 6 | F | ||||
Federer | 0 | 3 | 4 | |||||||
2015 | Finais do World Tour | Federer | 2 | 7 | 6 | |||||
Djokovic | 0 | 5 | 2 | |||||||
2015 | US Open | Djokovic | 3 | 6 | 5 | 6 | 6 | F | ||
Federer | 1 | 4 | 7 | 4 | 4 | |||||
2015 | Cincinnati | Federer | 2 | 7 | 6 | F | ||||
Djokovic | 0 | 6 | 3 | |||||||
2015 | Wimbledon | Djokovic | 3 | 7 | 6 | 6 | 6 | F | ||
Federer | 1 | 6 | 7 | 4 | 3 | |||||
2015 | Roma | Djokovic | 2 | 6 | 6 | F | ||||
Federer | 0 | 4 | 3 | |||||||
2015 | Indian Wells | Djokovic | 2 | 6 | 6 | 6 | F | |||
Federer | 1 | 3 | 7 | 2 | ||||||
2015 | Dubai | Federer | 2 | 6 | 7 | F | ||||
Djokovic | 0 | 3 | 5 |
Este será o quadragésimo quinto confronto direto entre os dois tenistas. Neste momento o registo está empatado, com vinte e duas vitórias para cada lado. Só em 2015 Djokovic e Federer mediram forças por oito vezes. O suíço venceu no Dubai, no Masters de Cincinnati e na fase de grupos das Finais do World Tour. O sérvio levou a melhor em cinco ocasiões, incluindo as finais do US Open e de Wimbledon. O que nos leva à conclusão essencial. Federer é, provavelmente, o mais bem preparado para bater Djokovic, mas as suas hipóteses reduzem-se substancialmente em cinco sets.