Novak Djokovic – Andy Murray (Final Open dos Estados Unidos)
Depois de Serena Williams vencer o torneio feminino, chegou o momento de descobrir quem será o vencedor da prova masculina. Na edição deste ano do Open dos Estados Unidos, Novak Djokovic e Andy Murray discutem o título que poderá ser vital para as aspirações dos dois tenistas até final da temporada. Por um lado, o sérvio pretende defender o troféu conseguido o ano passado e os consequentes pontos, ficando mais próximo do suíço Roger Federer que perdeu pontos relativamente à temporada passada. Por outro, Andy Murray procura o seu primeiro título do Grand Slam depois de ter perdido na final por quatro ocasiões.
No confronto direto, o número dois mundial lidera com oito triunfos e seis derrotas. Os dois tiveram o primeiro jogo em 2006, com triunfo para o tenista sérvio no Masters de Madrid. Novak Djokovic voltaria a vencer por duas vezes ainda em 2007. No entanto, o ano seguinte foi de Andy Murray. Apesar de ter começado com nova derrota – somando quatro seguidas – o número quatro mundial conquistou duas vitórias logo de seguida, mais precisamente em Toronto e Cincinnati. Djokovic voltaria às vitórias no Open da Austrália e no ATP de Roma, ambas em 2011. Ainda no mesmo ano, Andy Murray acabaria por vencer o tenista de Belgrado, beneficiando de uma desistência.
Mas 2012 foi o ano em que os dois tenistas mais jogaram entre si. O primeiro embate aconteceu no Open da Austrália. Num jogo bastante equilibrado e de grande nível, Novak Djokovic venceu por 7/5 no quinto set. Andy Murray conseguiria a vingança poucas semanas depois no Dubai, derrotando o sérvio em dois sets. No ATP de Miami novo triunfo do então número um mundial, que venceu facilmente em dois sets. O último duelo entre ambos foi de extrema importância. Na meia-final dos Jogos Olímpicos de Londres, Andy Murray jogou em frente ao seu público e derrotou o sérvio com um duplo 7/5. Se analisarmos apenas os encontros de piso rápido, o mesmo piso do Open dos Estados Unidos, vemos que Novak Djokovic tem uma vantagem de seis triunfos e quatro derrotas. No que toca a Grands Slams, a vantagem continua a ser do tenista de Belgrado: duas vitórias em outros tantos jogos, ambos no Open da Austrália.
Para Novak Djokovic, esta é mais do que a final de um torneio de Grand Slam. É um passo determinante para terminar o ano como número um mundial. Roger Federer tem muitos pontos a defender até final do ano e por isso o sérvio pode começar já aqui a sua recuperação. Por ter vencido o ano passado, ele já sabe o que é levantar o troféu em Flushing Meadows, um fator a ter em conta.
No entanto, parece-me que Andy Murray está mais preparado do que nunca para conquistar o seu primeiro Grand Slam. Apesar de ter perdido sempre nas finais de torneios deste nível, muita coisa mudou desde então. Em primeiro lugar, Novak Djokovic não está a jogar o mesmo ténis que praticou o ano passado e isso ficou visível no duelo frente a David Ferrer na meia-final. O sérvio teve claras dificuldades em adaptar-se ao vento e nesta segunda-feira preve-se que o clima em Nova Iorque continue ventoso.
Em segundo lugar, o britânico parece adaptar-se bem às condições de jogo mais ventosas. No duelo frente a Berdych, Murray fez o que quis do checo e nos momentos decisivos subiu o nível de jogo. É verdade que o britânico também tem apresentado altos e baixos, como vimos frente a Cilic, mas tem conseguido elevar o nível quando precisa e isso é uma clara demonstração de confiança. A nível técnico os dois tenistas estão muito semelhantes, resta é saber como irão aproveitar as oportunidades do jogo.
Por último e apenas para os mais viciados em dados estatísticos, existem números interessantes para esta final. Por um lado, Ivan Lendl, técnico de Andy Murray, também perdeu quatro finais antes de vencer o seu primeiro torneio de Grand Slam. Por outro, foi justamente no Open dos Estados Unidos, em 1936, que o último britânico venceu uma prova de um Grand Slam.
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