Numa altura em que estamos a oito anos do primeiro campeonato do mundo com 46 equipas, aumento que viabilizará a inclusão de seleções que no atual contexto competitivo têm poucas hipóteses de apuramento, Tunísia e Panamá marcaram presença na Rússia na condição de “forças menores” da prova e, curiosamente, partilharam o grupo juntamente com duas grandes forças como Bélgica e Inglaterra. Tal como se previa, a aventura terminou na primeira fase, mas ninguém apagará os 270 minutos destas seleções entre a elite.

Foto: "Reuters"

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A Tunísia assegurou o acesso à fase final deste Mundial 2018 a partir da sempre imprevisível zona de apuramento africana, mas já tinha vivido a emoção de estar na competição de seleções mais importante do mundo. Para o Panamá, tudo foi uma novidade. Os “Canaleros” asseguraram o apuramento pela primeira vez na sua história e, nesse dia, o governo daquele país da América Central decretou que esse dia se tornaria feriado, tal a importância do feito almejado pela seleção local.

Na Rússia, depois de uma derrota por três a zero frente a Bélgica que em nada manchou a imagem panamiana, a primeira “explosão de alegria” estava reservada para o segundo jogo. A cidade russa de Novgorod assistiu ao primeiro golo da história panamiana em fases finais de um campeonato do mundo, apontado por Felipe Baloy. O golo, apontado a 12 minutos do fim, foi festejado de forma efusiva, embora o placard assinalasse um resultado de 6-1 favorável à Inglaterra.

Após o primeiro golo, faltava ao  Panamá conquistar o primeiro ponto, objetivo traçado à entrada para a última jornada. Frente à já eliminada Tunísia, os panamianos até passaram para a frente do marcador graças a um remate que bateu em Yassine Meriah e foi ter ao fundo das redes defendidas por Aymen Balbouli, mas os eleitos de Hernán Darío Gómez não teriam astúcia suficiente para segurar o resultado frente a uma equipa tunisina que, diga-se de passagem, demonstrou se manifestamente mais forte e conquistou uma vitória por duas bolas a uma no adeus à Rússia.

A crescente democratização da FIFA no que toca a competições de seleções poderá ajudar o Panamá a voltar a estar presente numa fase final de um campeonato do mundo, prevendo-se um aumento do número de vagas para a zona CONCACAF.

Boas Apostas!