Domínio a toda a linha do Paris SG nas competições nacionais francesas, com a equipa da capital a juntar a presença na final da Taça de França ao título nacional e à conquista da Taça da Liga. Na final desta prova vai defrontar o Les Herbiers, conjunto da 3ª Divisão Nacional, a grande surpresa da prova.
Podem resistir, mas não podem vencer, é essa a mensagem que o Paris SG deixa a todos os seus rivais e voltou a repeti-la, ontem à noite, frente a um Caen que soube bem como encravar, durante uma fase do encontro, as intenções da equipa de Unai Emery.
Os parisienses marcaram primeiro, por intermédio de Mbappé, mas Diomandé conseguiu empatar antes do intervalo, dando a ideia de que poderia existir Taça na meia-final. No entanto, a segunda parte foi reveladora da capacidade de domínio do Paris SG, com Mbappé, pela segunda vez, e Nkunku, já nos descontos, a chegarem também ao golo.
Na outra meia-final, disputada entre equipas que não estão nos dois principais escalões, foi o Les Herbiers quem se destacou, ao vencer por 2-0 o Chambly. David e Gboho foram os autores dos golos que permitem o sonho de pisar o Stade de France, frente ao conjunto mais poderoso de sempre do futebol francês.
Título sem história (ou com uma, para seguir nos próximos episódios)
A conquista da Ligue 1 é uma espécie de crónica de um título anunciado, não havendo grandes expetativas quanto a outro desfecho que não fosse a da festa ficar por Paris. Monaco, Marselha e Lyon lutam pelo segundo lugar, mas nunca se mostraram capazes de aproximar do poderio parisiense.
É certo que este domínio acaba por ter episódios de um certo exagero, como foi a vitória por 7-1 frente ao Monaco neste último fim-de-semana. Estando em campo as duas melhores equipas da Ligue 1, no que à classificação diz respeito, o resultado do jogo da festa do título é quase impensável.
A história do campeonato faz-se muito da figura de Neymar, para o bem e para o mal. O brasileiro é um jogador ímpar na Ligue 1 e fez toda a diferença em muitas partidas, pela forma como o seu jogo se liberta de qualquer esquema defensivo. O momento da lesão, a meio de uma eliminatória da Liga dos Campeões, deitou por terra a expetativa da equipa chegar mais longe. Mas talvez a pior notícia seja mesmo que, no processo de recuperação, Neymar tenha viajado para o Brasil e nem com as notícias da sua melhora, nem com a festa do título programada, Neymar tenha regressado a Paris para acompanhar o jogo, gerando algum mal estar na estrutura.
Cavani e Mbappé são outras duas figuras-maiores desta equipa, que tem ainda muita qualidade nos setores mais recuados. Em final de ciclo para Unai Emery, como tudo indica, a procura de um novo treinador terá sempre que conseguir responder à questão dos objetivos impostos pela administração. Se a equipa se foca e avalia pelo comportamento na Liga dos Campeões, é preciso entender como gerir as necessidade de vitórias obrigatórias nas competições em solo gaulês.
Boas Apostas!