Nicolas Almagro – Rafael Nadal (Roland Garros)
Começam, esta quinta-feira, as provações de Nadal no Roland Garros. Sim, é verdade que será o segundo encontro do menorquino mas é frente a Almagro que ele começa a superar os obstáculos complicados. Ou não. Rafa contava dez triunfos consecutivos sobre o compatriota quando foi surpreendido por Nico em Barcelona, na época passada. Em 2015 já retribuiu a desfeita em Miami e na Catalunha. Momento de afirmação ou desaire anunciado para o ainda não destronado rei da terra batida? É o que veremos.
O lugar número cento e cinquenta e quatro do Ranking, que Nicolas Almagro ocupa atualmente, deve-se ao longo período de afastamento do circuito. Exatamente há um ano o tenista de Múrcia foi obrigado a desistir da primeira ronda do Roland Garros com uma lesão na planta do pé. O problema que já o incomodava há algum tempo exigiu intervenção cirúrgica e ficou logo claro que o espanhol perderia o resto da temporada. 2015 não tem sido um ano fulgurante para Almagro mas dificilmente se esperaria que fosse. Lentamente, o jogador vai melhorando a sua prestação em court mas não está na sua melhor fase. Ainda assim, analisando os adversários para os quais perdeu esta temporada facilmente concluímos que todos estão no top-40 e seriam, em quaisquer circunstâncias, opositores difíceis de bater. Senão vejamos: Pablo Cuevas (nº23), por três vezes; Juán Mónaco (nº35), nas meias-finais de Buenos Aires e em Madrid; Kei Nishikori, na primeira ronda do Open Australiano; Martin Klizan (nº36) em Casablanca; Richard Gasquet no Estoril Open, onde a excelente prestação do francês o levou ao título; Novak Djokovic, em Roma e Nadal, em dose dupla.
Na primeira ronda Almagro apanhou um osso duro de roer. O ucraniano Aleksandr Dolgopolov obrigou-o a esticar o encontro para um quarto parcial depois de ter aproveitado a quebra do espanhol no segundo set (6-3, 2-6, 6-4, 7-6).
O nove vezes campeão de Roland Garros chegou a Paris, pela primeira vez desde a sua estreia, há dez anos, sem o estatuto de superfavorito. Em parte por ter perdido domínio quase absoluto que evidenciou na terra batida ao longo da última década. Mas isso já era verdade no ano passado e todos sabemos como a história terminou. O segundo fator que lhe retira favoritismo é chegar aqui como número sete mundial e as implicações que isso lhe atribuiu no sorteio. Ainda assim, como qualquer candidato sensato afirma, seria disparatado descartá-lo desde já. Se Rafa Nadal conseguir, contra ventos e marés adversas, conquistar La Décima, será um feito épico. Mas pelo menos ele está em Paris para tentar, foi o que ficou evidente na primeira ronda. O francês Quentin Halys (nº296) recebeu um wild card para disputar o quadro principal e não envergonhou. Com atitude combativa, e sem se encolher diante de Nadal, o jovem de dezanove anos aguentou como pode o jogo sólido do espanhol, mas acabou por ceder passagem em três sets diretos (6-3, 6-3, 6-4).
Mas é agora que as dificuldades começam para o menorquino, é frente a Almagro que arranca a defesa do título francês. É certo que Nadal ainda leva grande vantagem. Este será o décimo quarto confronto entre ambos e o balear só foi derrotado uma vez pelo compatriota, na temporada passada, no Conde de Godó. E que já este ano bateu Nico por duas vezes, em Miami e Barcelona. Mas os dois conhecem-se muito bem e o tenista menos cotado vai tentar evitar que a engrenagem Nadal ganhe embalo. Resta saber se o consegue.
2015 | Barcelona | Nadal | 2 | 6 | 6 | 2R | ||||
Almagro | 0 | 3 | 1 | |||||||
2015 | Miami | Nadal | 2 | 6 | 6 | 2R | ||||
Almagro | 0 | 4 | 2 | |||||||
2014 | Barcelona | Almagro | 2 | 2 | 7 | 6 | QF | |||
Nadal | 1 | 6 | 6 | 4 | ||||||
2013 | Barcelona | Nadal | 2 | 6 | 6 | F | ||||
Almagro | 0 | 4 | 3 | |||||||
2013 | Acapulco | Nadal | 2 | 7 | 6 | SF | ||||
Almagro | 0 | 5 | 4 |
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