Depois de um ano a cumprir com os mínimos exigíveis, mas sem dar provas de que poderá passar de ser uma das boas equipas do Oeste para um candidato ao título da NBA, os Oklahoma City Thunder chegam para uma temporada onde as novidades são poucas. Este é um dos bons exemplos do confronto grandes mercados vs pequenos mercados, onde fica claro que que ter a capacidade de escolher bons jogadores no Draft te pode valer um crescimento ao fim de alguns anos, mas não te garante nunca a destreza de seres candidato ao título. Onde está a fragilidade dos Thunder? Na minha opinião, em dois lugares. Primeiro, na incapacidade financeira para manter satisfeitas mais de duas estrelas e meia na equipa. A saída de James Harden deixou um espaço em branco que nunca foi possível ocupar. Por outro lado, no banco. Se Scott Brooks merece os louros de muito do que foi feito nos Thunder, a verdade é que está longe de ser a pessoa certa para tentar dar mais um salto na sua ambição.
O maior perigo que os Thunder correm é o de começar a definhar. Enquanto tiverem Kevin Durant e Russell Westbrook, poderão manter-se nesta linha. Mas até quando os vão conseguir manter se não tiverem melhores jogadores para reforçar a equipa? Steven Adams foi um achado no Draft e vai, este ano, ser promovido a titular da equipa. Mas com a saída de Thabo Sefalosha, que funcionava como garante defensivo, e também de Derek Fisher e Caron Butler, duas vozes consideradas no balneário, a equipa dos Thunder parece muito limitada ao seu cinco inicial. Qualquer lesão poderá ser devastadora para uma equipa que sente ter concorrência mais forte na segunda linha da Conferência. Será um ano exigente para os Thunder.
O Cinco
Existem algumas dúvidas sobre a arrumação do jogo exterior dos Thunder. Russell Westbrook retoma o seu lugar de base principal, voltando a oferecer explosividade e competitividade à equipa, embora também alguma exasperação pela percentagem de tempo que exige ter a bola em sua posse.
Resta saber quem o acompanha. Reggie Jackson esteve muito bem no ano passado a substituí-lo durante a lesão. Sendo deslocado para segundo base, Jackson manterá um bom nível atirador, mas poderá fazer perigar a rotação. Anthony Morrow chegou nesta offseason e poderá acabar por merecer a confiança de Brooks, ainda que seja um jogador com menor capacidade física do que os seus companheiros.
Com Kevin Durant, os Thunder sabem que serão sempre competitivos, em qualquer jogo, em qualquer situação. Ele é a alma, o motor e o músculo da equipa, deixando bem claro que a Liga poderá ser sua, com os companheiros certos. O problema de Durant é ver-se demasiadas vezes a cumprir papéis que vão para lá da sua “função”. Até quando vai aceitar isso, é a questão que se coloca.
Serge Ibaka tem vindo a crescer enquanto jogador, de forma clara. Um portento físico que, a cada ano, melhora o seu tiro e a sua capacidade de leitura, tornando-o num jogador mais difícil de ser parado. Continuará a ser essencial no jogo interior dos Thunder.
Steven Adams apareceu na Liga sem dar muito nas vistas e foi conquistando os seus minutos com um estilo de jogo muito inteligente e sem qualquer temor dos seus adversários. Impõe-se com facilidade no jogo interior e tornou Kendrick Perkins totalmente dispensável.
Expetativas
Obviamente que, se o cinco inicial da equipa tiver uma época sem problemas, os Thunder vão continuar nos primeiros lugares da Conferência Oeste. No entanto, com dúvidas acerca das opções que Scott Brooks tem no banco, o perigo de perder o pé é uma realidade que se vai aproximando de Oklahoma.