Um ano mau, não existem outras palavras para descrever aquilo que espera os Pacers na nova temporada. Não só Indiana perdeu o seu melhor jogador devido a uma arrepiante lesão, com Paul George a ficar de fora o ano inteiro, como viu sair Lance Stephenson, aquele que poderia ser o substituto de George. Para as coisas piorarem, as duas melhores equipas da Conferência Este vão estar na Divisão Central com os Pacers e nenhuma delas tem sede em Indiana. Assim, depois de um ano de sonho, com a vitória na fase regular da Conferência Este e a expetativa de poder jogar uma final na NBA – algo que não se concretizou, não só pelos Miami Heat, mas também porque os “azares” dos Pacers começaram a surgir com problemas no balneário da equipa, a equipa terá agora muitas dificuldades para conseguir atingir os playoffs, ou assim entendem quase todos os analistas.
Vai faltar um base de qualidade de topo, como vão faltar, também, capacidade atiradora. A força dos Indiana Pacers está na sua defesa, onde Roy Hibbert, nos seus melhores dias, é um jogador difícil de ultrapassar, e que com David West e Luis Scola fazem uma espécie de muralha em redor do seu cesto. Rodney Stuckey chega de Detroit e terá minutos para demonstrar se uma nova casa lhe permitirá o ambiente certo para que este atinja um nível mais elevado, mas fica, claramente, muito curto, esperar que seja Stuckey a valer aos Pacers algum tipo de sucesso.
O cinco
George Hill era o ponto frágil dos Indiana Pacers quando a equipa corria para ganhar a sua Conferência. Sem George ou Stephenson, a equipa cai-lhe nas mãos. A pressão vai subir bastante e a resposta que Hill tiver para dar poderá dizer muito daquilo que os Pacers poderão atingir.
Rodney Stuckey não pode pensar nos jogadores que ocupavam a sua posição no ano passado, terá que encontrar em campo o terreno para fazer de Stuckey um nome relevante na Liga, sem comparações. Tendo a oportunidade para jogar bastantes minutos, tem aqui o espaço para provar que pertence a um cinco inicial na NBA.
CJ Miles ou Chris Copeland oferecem, ambos, capacidade física, capacidade defensiva e, ocasionalmente, uma noite em que conseguirão também alimentar a equipa com pontos marcados por si. Não chegam para fazer dos Pacers um conjunto competitivo.
David West passa, agora, a ser, o líder da equipa. Sendo um jogador que, numa equipa mais forte, se transforma numa força defensiva, tendo mais bola, poderá explorar o seu lançamento de média distância e também criar mais pontos a partir do ressalto. A verdade é que os Pacers vão depender bastante dele e West tem a personalidade para lidar bem com isso.
Roy Hibbert tem a possibilidade de se mostrar amadurecido, numa equipa que lhe vai pedir maior constância e capacidade durante largos períodos de tempo. É um verdadeiro monstro defensivo e precisa de encontrar maneira de fazer crescer os seus números, numa temporada em que toda a ajuda é pouca para travar a queda dos Pacers.
Expetativas
Num plano ideal, George Hill e Rodney Stuckey fariam a sua temporada ideal e segurariam o lugar no playoff para os Indiana Pacers, contando com o forte contributo de um jogo interior de muita qualidade. Num plano mais real, Indiana terá até dificuldades para ser melhor do que os Detroit Pistons, o que diz bastante das suas possibilidades para jogar nos momentos decisivos da temporada.