Mais um verão de mudanças em Houston não tornaram os Rockets uma equipa mais promissora na busca de se colar aos mais fortes da Conferência Oeste. A saída de Chandler Parsons parece ser a mais difícil de cobrir, podendo ocorrer uma grande quebra de qualidade na posição 3. Já quanto a Jeremy Lin e Omer Asik, parece que em Houston nunca se soube bem como utilizar os dois jogadores, ainda que tudo indique que não existem no plantel atual melhores soluções. No que toca às contratações, a maior surpresa até poderá ser Kostas Papanikolaou que, a cumprir com tudo aquilo que já o vimos fazer na Europa, até poderá acabar por conquistar um lugar na rotação de Kevin McHale e transformar-se no líder defensivo da equipa – mas terá ainda que trabalhar para construir esse estatuto.
Entre os que ficam, é bom de assinalar que em Houston estão um dos melhores jogadores defensivos da NBA, Dwight Howard, que é também um jogador capaz de manter números de topo no ataque. James Harden é um lançador de enorme qualidade, podendo criar todo o espaço necessário para fazer pontos. Patrick Beverley é um base bastante ativo e a produção da equipa sairá mais equilibrada com a presença do regressado Trevor Ariza. A equipa parece acreditar na maturação de Terrence Jones, enquanto Donatas Motiejunas se mantém um projeto por confirmar. Francisco Garcia será chamado a colocar a sua experiência em campo durante mais tempo.
O cinco
Patrick Beverley conquistou a titularidade nos Rockets sobretudo pela intensidade da sua defesa. Não é propriamente um jogador capaz de somar muitos pontos, nem um condutor de jogo. Para tudo isso, James Harden acaba por ocupar as duas posições de base na equipa. A solução encontrada por Kevin McHale parece ser aquela que mais beneficia a sua equipa e as mexidas no plantel indicam que Beverley terá garantidos largos minutos em campo, enquanto espera que Harden produza ao máximo das suas capacidades.
Trevor Ariza traz também capacidade defensiva, oferecendo também boas percentagens de tiro dos três pontos. É, no entanto, um downgrade de qualidade, se comparado com o saído Parsons. Terá ainda a concorrência do grego Papanikolaou, que poderá dar aos Rockets um perfume mais europeu.
Terrence Jones vê o seu papel crescer no cinco inicial dos Rockets, que lhe confiam o papel de delfim de Howard. O subir do nível de responsabilidade deverá ser bem aceite por Jones, que é um jogador consistente, sem se esperar que seja, para já, brilhante.
Dwight Howard vai encontrando o seu espaço em Houston, um lugar onde é querido, onde não lhe cobram para ser o jogador mais influente da equipa e onde pode ir mantendo a ilusão de vencer. Continua a ser um jogador dominador na sua posição.
Expetativas
Sendo praticamente impossível chegar ao nível dos Spurs, os campeões da sua Divisão, os Rockets terão este ano mais dificuldades para serem a melhor equipa das que não são vencedoras de Divisão. A rotação saiu fragilizada do mercado de verão e Kevin McHale está obrigado a “fabricar” jogadores entre os talentos que recebeu.