Grandes mexidas na equipa de Dallas, que continua a tentar aproveitar os últimos anos de Dirk Nowitzki para manter a chama competitiva da equipa em alta, buscando nova presença no playoff e, por consequência, capacidade para “assustar” as equipas melhores posicionadas. Ainda que possa parecer ambicioso querer fazer melhor do que o oitavo lugar do ano passado na Conferência Oeste, a grande atividade no mercado de verão parece justificar tais intentos. Conseguir fazer regressar Tyson Chandler é uma ação de mérito, juntando-lhe ainda Chandler Parsons para dar um novo vigor ao jogo interior da equipa. Para além disso, reforçam o plantel com Al-Farouq Aminu, Raymond Felton, Richard Jefferson, Jameer Nelson e, ainda, a eventualidade de assinarem contrato com Charlie Villanueva criam uma segunda linha de enorme experiência e com o mesmo desejo de ganhar já.

No capítulo de perdas, no entanto, a equipa de Mark Cuban também as tem a assinalar. José Calderon, Vince Carter, Shawn Marion, DeJuan Blair e Samuel Dalembert completam, praticamente, um cinco de saídas que Rick Carlisle tentará compensar com os jogadores chegados. Na soma das diferentes forças, julgo poder-se dizer que os Mavericks estão mais fortes e estarão, sobretudo, mais bem equipados para uma situação de playoff, se conseguirem chegar lá com condição fisica. Rick Carlisle terá que ser bem inteligente na gestão deste seu grupo, percebendo que, tal como no ano em que foi campeão, poderá ter aqui um conjunto de jogadores em ano de contrato e com vontade de se mostrarem a outro nível.

O cinco

Há quanto tempo não estava Jameer Nelson rodeado de tanto talento? Esta pode bem ser uma das equipas mais fortes que tem desde que chegou à NBA. É um base muito sólido e com caráter, algo que os Mavericks precisavam para os vários momentos de jogo.

Dirk Nowitzki Dallas Mavericks

Dirk ainda quer dominar

Monta Ellis é um jogador que lança. Lança, muito. E está cada vez mais eficiente. Tem aprendido a jogar rodeado de jogadores que são tão bons ou melhores do que eles. Ainda pode melhorar mais, mas, mais importante do que isso, é uma peça fulcral para tornar a sua equipa melhor.

Chandler Parsons foi um dos grandes negócios deste verão. É um jogador versátil, capaz de marcar e de manter um alto nível defensivo. Tem um bom aproveitamento no passe e consegue decidir bem quando fazer seguir a jogada ou lançar. Será uma enorme ajuda para os grandes duelos dos Mavericks.

Dirk Nowitzki não tem fim. Continua a ser um elemento capaz de decidir jogos e, sem problemas físicos, uma garantia, noite após noite, para o sucesso de Dallas. Em momento de playoff, cresce e pode ser um jogador capaz de decisões letais para o adversário. Bem enquandrado, este ano, por jogadores mais ativos fisicamente, poderá voltar a ter um excelente ano.

Se Tyson Chandler se mantiver saudável, é um dos melhores defesas da NBA, capaz de limpar a sua área e impedir passagens para a penetração no seu cesto. No outro lado do campo, no entanto, revela algumas limitações ofensivas, mas a experiencia ensinou-a a escolher as melhores leituras para finalizar.

Expetativas

Fazer melhor do que no ano passado é chegar ao sétimo lugar no fim da fase regular da Conferência Oeste. Acima disso, ou qualquer coisa que signifique ultrapassar a primeira ronda do playoff, tornará este ano memorável para os Dallas. Em situação de confiança e com boa gestão física, poderão transformar-se num perigo para o resto da concorrência.