Os Bulls estão de volta? Assim parece. Derrick Rose deixou garantias, durante o Mundial, de que poderá estar a caminho da total recuperação física, podendo a partir daqui procurar acertar o ritmo para se tornar no jogador que sempre foi. Por outro lado, a equipa reforçou-se em qualidade no setor ofensivo, tendo em Pau Gasol, Nikola Mirotic e Doug McDermott várias opções para criar ameaças às defensivas adversárias. Tom Thibodeau poderá assim conjugar a sua maestria defensiva com uma organização ofensiva que espalha pelo terreno de jogo várias soluções para terminar o ataque.
A chave continua a estar no estado físico de Derrick Rose, mas com opções como Jimmy Butler, Kirk Hinrich, Aaron Brooks e E’Twaun Moore, o que não faltam são soluções para não abusar de Rose enquanto este não estiver a 100%. Depois, é bom não esquecer que se mantém no plantel alguns jogadores que aguentaram estoicamente a equipa no topo, mesmo sem o seu líder. Joakim Noah é um líder defensivo e uma voz mais que respeitada no balneário de Chicago, enquanto Taj Gibson se transformou num super-suplente e acabará por ser um forte candidato a ser o melhor sexto jogador da Liga.
Ainda que falte ao Chicago Bulls extremos com maior qualidade física, para enfrentar adversários de conferência que estão muito bem servidos na posição, atravessar esta temporada sem lesões fará com que a equipa esteja na luta pela vitória na Conferência.
O Cinco
Derrick Rose aproveitou o Mundial para introduzir o seu corpo ao confronto do jogo, sem o nível de exigência nem a pressão de o fazer em plena temporada de NBA. Recuperada a confiança e a solidez estrutural, é bom que Rose tenha dispensado algum do seu tempo a trabalhar os apoios, de modo a evitar recaídas. Estando bem, é uma ameaça constante para qualquer adversário e o potencial candidato a melhor jogador da Liga.
Jimmy Butler pareceu perder-se um pouco quando teve que partilhar espaço com Derrick Rose. No entanto, o futuro da equipa inclui os dois jogadores em campo e é Butler quem terá que fazer o esforço para se adaptar às movimentações da estrela da equipa. Precisa de trabalhar também o seu tiro exterior, mas é um jogador com enorme capacidade para colocar intensidade no jogo.
Mike Dunleavy terá tempo e espaço para continuar a ser uma ameaça do lançamento exterior, numa temporada em que dois candidatos ao seu lugar, os rookies Mirotic e McDermott, farão a sua ambientação ao nível de exigência da NBA. Sortudo o técnico que pode ter estas três opções para uma posição onde encontrará sempre algum desequilíbrio físico no momento defensivo.
Pau Gasol encontra em Chicago a sua terceira casa e veste uma camisola que também carrega toda uma história de sucesso no seu passado. O espanhol nunca conseguiu, nos Lakers, o reconhecimento de todo o seu valor, apesar dos números e dos títulos, podendo encontrar nos Bulls um público mais preparado para entender toda a preponderância que terá na equipa. Com Taj Gibson na rotação, terá também possibilidade de se resguardar para os momentos mais decisivos da temporada.
Joakim Noah é uma prova de dedicação aos Bulls, tendo praticamente deixado de jogar pela sua seleção para estar sempre em condições de representar o seu clube. Para além disso, sempre que foi necessário sacrificar-se para jogar, fê-lo sem olhar para trás. É um jogador-símbolo em Chicago e, numa temporada onde parece ter muito mais apoio, poderá ver crescer a sua influência na equipa.
Expetativas
Se sem Derrick Rose e Luol Deng, a equipa dos Bulls conseguiu, no ano passado, terminar no quarto lugar da Conferência, com o regresso de Rose e os reforços que chegam a Chicago, não existem dúvidas que voltaremos a ver o conjunto de Tom Thibodeau a lutar pelo título do Este. A expetativa será manter toda a gente sã para atacar o objetivo do título.