Este ano marca-se o regresso de um dos nomes que ecoa na mente de todos aqueles que se apaixonaram pela NBA nos anos 90 do século passado: os Charlotte Hornets. A cidade de North Carolina recuperou o nome da sua franquícia e não poderia tê-lo feito em melhor altura: com Steve Clifford no comando, a equipa tem crescido a olhos vistos e depois de uma presença no playoff do ano passado, candidata-se a novo brilharete com um plantel ainda mais forte. A chegada de Lance Stephenson oferece ainda maior capacidade física ao jogo exterior dos novos Hornets, aceitando-se que a equipa possa agora ser mais incisiva, ainda que Sir Lance-a-lot tenha como lado negativo a sua personalidade.
Kemba Walker e Michael Kidd-Gilchrist voltam a ser peças essenciais num conjunto que conta com Al Jefferson como figura incontornável no jogo interior. Perder Josh McRoberts poderá revelar um preço a pagar, mas em termos gerais, Charlotte não perdeu em comparação com o ano passado. Steve Clifford, o treinador, é inegavelmente uma das figuras da equipa. Capaz de transformar a mentalidade dos seus jogadores, o técnico impôs um rigor defensivo que empurrou Charlotte para o playoff. Com mais poderio físico para conjugar as suas ideias, os Hornets poderão transformar-se numa das equipas mais duras de ultrapassar na NBA.
O Cinco
Kemba Walker vai ultrapassando o que sempre foi visto como um problema, a sua altura, para se transformar num jogador de marca na Liga. Fantástico a controlar o drible e com uma explosividade sem par, Kemba Walker continuará a evoluir na frente de uma equipa que terá ainda mais adeptos este ano.
Lance Stephenson foi uma das surpresas da temporada, saindo dos Indiana Pacers, onde estava na sombra de Paul George, para se tornar numa das figuras dos Hornets. A mentalidade será a sua maior fragilidade, mas se Steve Clifford souber controlar-lhe os excessos, Charlotte poderá entrar na galeria das grandes equipas este ano.
Michael Kidd-Gilchrist tornou-se na extensão das ideias do seu treinador em campo, correndo o campo, defendendo como se a sua vida dependesse disso e com forte presença no ressalto. O próximo passo da sua carreira passa por melhorar o seu lançamento, o que poderá reposicionar como um 3 de futuro.
Ter sido número 2 no Draft nunca ajudou Marvin Williams a confirmar o seu potencial na NBA, mas o jogador que chega este ano de Utah, pode encontrar em Charlotte o espaço para se afirmar como uma boa ajuda para uma equipa que tem na rotação jovens em evolução como Bismarck Biyombo ou Noah Vonleh.
Al Jefferson é um caso de pontos e ressaltos garantidos em cada jogo. Uma força da natureza, que se mantém como que imperturbável, quer a equipa lute pelo playoff, quer se afunde na classificação. Precisa de encontrar o caminho para a auto-motivação, da mesma forma que precisa de ser um defensor de maior qualidade.
Expetativas
Se no ano passado ninguém diria que os Bobcats terminariam em sétimo lugar na Conferência Este, este ano ninguém espera que os Hornets façam pior. Ter que viver com a responsabilidade de vencer será uma experiência nova para a maior parte destes jogadores. O potencial existe, é necessário continuar a comprová-lo em campo, noite após noite.