Ano dois de Brad Stevens na frente da equipa dos Boston Celtics que continua “agarrada” a Rajon Rondo para uma reconstrução que talvez só venha a ser possível sem ele. No ano passado, com a sua principal estrela lesionada, os Celtics voaram muito baixinho, tentando o técnico que chegara de Butler organizar um conjunto de peças que ainda estão longe de poder vir a constituir uma candidatura dos playoffs. Ainda assim, os Celtics tiveram momentos interessantes e será a partir daí que o técnico tentará construir o seu modelo de jogo para este ano, muito apoiado nas análises estatísticas, algo que já lhe era habitual na sua carreira universitária.
Dois jogadores que chegaram este verão poderão vir a ter uma presença muito forte na equipa. Evan Turner chega dos Indiana Pacers, onde não se conseguiu adaptar, e oferece uma capacidade atiradora que poderá vir a ajudar os Celtics a manterem-se em jogo durante períodos maiores. Por outro lado, Marcus Smart, escolhido no Draft, é esperado como uma peça importante na pressão defensiva e na rotação de bases, onde com Rondo e Avery Bradley, já está a maior força da equipa de Boston. Com Jeff Green a funcionar como um elemento muito ativo no ressalto e na intensidade do jogo interior, faltará peso aos Celtics na área pintada, onde Kelly Olynyk e Tyler Zeller parecem demasiado frágeis para enfrentar a concorrência. Talvez o próximo Draft possa vir a dar uma ajuda neste caso.
O Cinco
Para onde aponta Rajon Rondo?
Rajon Rondo é um dos bases mais experientes e com mais qualidade da NBA. Os Boston Celtics têm-no guardado para ser a figura da equipa, acabando como a última memória da equipa titular que foi campeã da NBA. À sua volta vão surgindo jovens jogadores que buscam o seu lugar na Liga, mas ao mesmo tempo que é o melhor jogador da equipa, parece também ser a sua melhor oportunidade de conseguir uma troca com valor para o futuro.
Avery Bradley afirmou-se decisivamente durante a lesão de Rondo. Um jogador que consegue mostrar a sua melhor face quando joga como segundo base, Bradley é um defensor de grande qualidade, eventualmente um dos melhores defesas de perímetro da Liga. Com Rondo de volta, exige-se cada vez mais da sua capacidade atiradora, onde acabará por ver também Evan Turner como uma peça que oferece maior qualidade à equipa.
Jeff Green é o jogador com maior impacto na performance ofensiva da equipa, podendo conseguir séries de jogos com uma média muito alta de pontos. No entanto, nem sempre é um jogador regular. Compensa essas quebras com a sua atitude defensiva e qualidades físicas que o tornam num jogador que pode jogar em diferentes posições, oferecendo muitas variações táticas ao seu treinador.
Brandon Bass usa a sua experiência para acabar por ser o elemento mais fundamental no jogo interior dos Celtics, ainda que a sua capacidade física não lhe permita ser um elemento dominador. Precisa de peso no seu apoio, algo que os Celtics, por enquanto, continuam a não ter.
Kelly Olynyk estará no cinco inicial da equipa de Boston mas continua a precisar de evoluir para ser um poste respeitado na Liga. O facto de ser o melhor do plantel, onde Zeller, Sullinger ou Faverani surgem como opções, não o torna jogador suficiente para fazer a diferença.
Expetativas
Continuar a desenvolver jogadores que poderão ser importantes para o crescimento dos Boston Celtics, enquanto percebem como é que o Draft e os Agentes Livres do próximo verão poderão influenciar o futuro da equipa. Brad Stevens não é um adepto do tanking, mas a equipa não tem poder para mais esperanças do que fugir ao último lugar da Conferência Este.
