Liderada por uma das figuras míticas do basquetebol da antiga Jugoslávia, Sasha Djordjevic, a seleção da Sérvia ataca este Mundial com a esperança de poder chegar longe na prova. No entanto, com Milos Teodosic e Nenad Krstic fora da equipa que vai efetuando a preparação, os sonhos sérvios poderão acabar na mão de um punhado de jovens jogadores que estarão ainda demasiado verdes para tais andanças. O sorteio também não foi muito favorável à equipa sérvia, que acaba por ser candidata a, apenas, o último lugar de qualificação no Grupo A.
Dois planos se conjugação na mente de Djordjevic. Se tudo correr pela positiva, Teodosic e Krstic irão recuperar das suas lesões, podendo a equipa apresentar-se na máxima força, melhor até do que no ano passado, quando Teodosic não marcou presença no Eurobasket e a Sérvia conseguiu, ainda assim, figurar entre os apurados diretos para o Mundial. Com Teodosic presente, o jogo sérvio ganha dimensão em termos de criatividade e imprevisibilidade, para além de ter neste base um elemento capaz de decidir qualquer partida. A solução, em 2013, passou por Stefan Markovic, que também poderia ser a resposta a uma possível ausência. Isto, claro, no plano B de Djordjevic, onde o jovem Vasilje Micic poderá também encontrar muitos minutos. Para o jogo interior, sendo bem mais complicado substituir Nenad Krstic, há a sublinhar a presença de Vladimir Stimac, que confirmou todo o seu valor no Unicaja Málaga e esperará ter um papel preponderante ao serviço da sua seleção.
História
Uma das herdeiras do fulgurante basquetebol jugoslavo, a Sérvia alcançou o seu melhor resultado em 2009, ao terminar o Eurobasket na segunda posição. De resto, a presença em Mundiais tem sido escassa e tímida, sendo que no ano passado terminaram a prova europeia em sétimo lugar. Parecendo pouco para um país com tantas tradições, a verdade é que como país independente, a Sérvia ainda procura a oportunidade de afirmar uma geração de topo. Talvez como aquela que começa agora a tomar conta da equipa.
Figura
Nenad Krstic é um jogador ímpar no basquetebol europeu. Depois de ter vivido momentos altos na NBA, sobretudo com a camisola dos Oklahoma City Thunder, o seu regresso à Europa e ao CSKA Moscovo não tem sido marcado pelo sucesso esperado. Ainda assim, mesmo com 31 anos, Krstic continua a ser um jogo que, pelo seu estilo e pelos seus talentos, baralha os sistemas defensivos adversários. Precisará de estar totalmente recuperado fisicamente, algo que, caso o consiga, poderá fazer dele um jogador bem complicado de parar. A Sérvia dependerá em boa parte daquilo que Nenad Krstic lhe oferecer neste Mundial.
Adversários
Já se sublinhou a pouca sorte da Sérvia no sorteio, mas parte disso deve-se ao lugar de onde chega, como sétima equipa europeia. O primeiro encontro, frente ao Egito, prometerá uma entrada suave e vencedora neste Mundial. Depois, frente à França, o primeiro teste a sério na competição. Irão e Brasil serão os fregueses que se seguem, antes de fechar a fase de grupos com a Espanha. O objetivo passará por somar três vitórias e escapar ao quarto lugar, de forma a avançar para os oitavos-de-final com esperanças de progressão.