Um momento bem emotivo, o que levou a República Dominicana de volta a um Mundial trinta e seis anos depois. Durante muito tempo vista como um parente pobre entre as seleções que disputam as competições da FIBA Americas, apesar de manter um elevado contingente de jogadores com ascendência dominicana nos Estados Unidos, o trabalho de Orlando Antigua conseguiu resgatar o orgulho dominicano e permitirá um convívio com os grandes no fim deste verão. O técnico foi o primeiro latino-americano a jogar nos Harlem Globetrotters e tem carreira como assistente no basquetebol universitário, tendo acompanhado John Calipari em Memphis e Kentucky. Depois deste Mundial, prepara-se para a sua primeira aventura como técnico principal, na Universidade de South Florida.

James Feldeine Dominicana

Pontos é com Feldeine

James Feldeine, que esta temporada jogou no Fuenlabrada, da Liga ACB, é o jogador mais forte deste conjunto, evidenciando-se pela sua capacidade de tiro. Com igual papel de relevo, o líder Francisco Garcia, dos Houston Rockets, que deverá fazer a sua despedida no Mundial, Edgar Sosa, Eulis Baez e Eloy Vargas que também evoluem na Europa e têm uma experiência competitiva que poderá fazer a diferença nos momentos mais exigentes da competição. No resto do plantel, haverá muita gente que ainda evolui nas competições locais, vendo aqui uma montra para poder dar o salto para campeonatos mais competitivos. A falta de estruturas é a grande barreira para a evolução do basquetebol dominicano, com o Presidente da sua Federação a avalizar a possibilidade de ter uma equipa ao nível das 10 melhores do mundo se forem construídos pavilhões com qualidade para treino.

Um desafio que fica lançado.

História

A única presença num Mundial ocorreu em 1978, um ano em que nenhum dos atuais atletas da equipa era sequer nascido. Nessa edição, a República Dominicana alcançou duas vitórias, frente a Senegal e Coreia, e cinco derrotas. Por duas vezes os dominicanos venceram o CentroBasket, em 2004 e 2012 e conseguiram o seu único pódio num campeonato da FIBA Americas em 2011.

Figura

F Garcia Dominicana

Garcia é parte da história do basquetebol dominicano

Francisco Garcia não é o jogador mais produtivo da seleção da República Dominicana, mas é o seu líder dentro e fora do campo. Sempre presente junto da equipa do seu país, mesmo quando ninguém mais acreditava nas suas possibilidades, El Flaco Garcia já anunciou que este será o seu último verão com a equipa. De alguma forma, o histórico jogador acredita que a seleção está pronta a evoluir sem o seu contributo. Um experimentado jogador da NBA, com passagens pelos Sacramento Kings e Houston Rockets, Garcia cresce no momento de representar a equipa dominicana. Rodeado de elementos muito combativos e com boas qualidades físicas, apesar de não abundar altura o jogo interior, Garcia espera ajudar a equipa a um resultado memorável.

Adversários

Com a esperança de poder alcançar um lugar nos oitavos-de-final, os dominicanos têm que garantir vitórias logo na entrada da competição. Os seus primeiros três encontros serão frente a Ucrânia, Nova Zelândia e Finlândia. Só com duas vitórias nestes jogos poderá estar na luta por uma posição entre os quatro primeiros. Aí chegados, os dominicanos jogarão sem qualquer pressão. Para fazer história.