A Lituânia está definitivamente entregue a uma nova geração de jogadores que tem em Jonas Valanciunas a sua expressão máxima. O poste dos Toronto Raptors têm-se vindo a evidenciar como um dos bons jogadores interiores da NBA e apresenta-se com a sua seleção com vontade de alcançar um resultado marcante. Os lituanos são sempre uma seleção a ter em conta em qualquer prova, tendo o basquetebol como o seu desporto nacional e apesar de, no que toca a equipas, haver um desinvestimento e um consequente desaparecer das fases decisivas das competições europeias, em termos de seleção, continua a Lituânia a ser uma referência europeia, como o demonstrou o ano passado ao chegar à final do Eurobasket.
Kalnietis é o dono da bola.
Outros elementos importantes desta equipa são Mantas Kalnietis, que tem evoluído bastante enquanto condutor de jogo, mantendo a sua extrema qualidade como lançador e com capacidades para ser um dos líderes da seleção lituana. De referir, ainda, Donatas Montiejunas, que vem sendo trabalhado nos Houston Rockets, sendo sempre um jogador capaz de criar perigo, mas que deixa ainda algumas dúvidas enquanto à sua capacidade para finalizar jogadas da melhor maneira. É um jogador em construção. Para além destes três elementos, que são os candidatos a estrelas da equipa, apresenta um plantel com enorme profundidade e capaz de dar resposta a todo o tipo de desafios. Martynas Pocius, Renaldas Seibutis, Mindaugas Kuzminskis, Jonas Maciulis, Simas Jasaitis e os gémeos Lavrinovic, todos eles são cartas que o técnico Jonas Kazlauskas deverá utilizar, conforme decorra este Mundial.
Uma equipa com olho nas meias-finais, a ter que demonstrar em campo tudo aquilo que promete no papel.
História
Campeão Europeu em 1937 e 1939, a Lituânia só voltou a poder conquistar medalhas depois da independência, ainda que durante a existência da União Soviética, jogadores oriundos desta república sempre tenham sido muito importantes nas diferentes equipas. A conquista de um novo Eurobasket em 2003 marcou positivamente o trabalho feito durante uma década, mas as medalhas de bronze nos Jogos Olímpicos de 1992, 1996 e 2000 brilham como pontos mais altos da história deste país. No Mundial, o seu melhor resultado surgiu em 2010, onde também terminaram em terceiro lugar. Este ano, chegam a Espanha como a segunda melhor equipa europeia, ao ter disputado a final do Eurobasket do ano passado.
Figura
Valanciunas vai ser difícil de parar
Jonas Valanciunas começou, muito cedo, a ser considerado uma pérola do basquetebol europeu. Enquanto jogador de formação, a sua mobilidade e altura ajudavam-no a fazer a diferença e a forma consciente como soube evoluir no Lietuvos Rytas, levou-o a chegar à NBA com todas as condições para continuar a crescer como jogador. Isso mesmo foi o que alcançou nos últimos dois anos com os Toronto Raptors, sendo agora uma presença ainda mais forte junto das tabelas e um jogador que, aos 22 anos, promete tornar-se numa referência. Com a sua seleção, tem percorrido o mesmo caminho de crescimento sustentado e depois de no ano passado ter assegurado uma medalha de prata no Eurobasket, deverá estar, este ano, como um dos jogadores mais utilizados no cinco de Kazlauskas.
Adversários
Eslovénia e Austrália tentarão disputar-lhe o primeiro lugar no grupo, mas é a Lituânia que entra como principal favorita para o assegurar. Caso o consiga, parece ter caminho aberto para atingir as meias-finais, onde muito provavelmente encontrará os Estados Unidos. Dependendo do que ambas as equipas forem construindo durante a competição, esse poderá vir a ser um dos grandes jogos deste Mundial.
