A grande força do basquetebol asiático nos últimos anos, o Irão volta a marcar presença num Mundial, onde nunca alcançou uma classificação de relevo. Essa será, também, uma dificuldade nesta edição de 2014, onde um plantel dominado por jogadores experientes espera conseguir uma vitória e sair de prova com a sua dignidade intacta, isto apesar de ir defrontar algumas das seleções com mais cartel em prova.

mohamed jamshidi

Jamshidi candidata-se a segunda figura do Irão

A equipa já participou este ano na Taça da Ásia, vencendo a competição com apenas uma derrota, na fase de grupos, frente à China, país organizador. Hammed Haddadi, que já passou pela NBA, foi a figura da seleção, sendo um elemento dominador na área restritiva em competições do seu continente, tendo como apoios de destaque dois jovens que poderão ter ganho aí um bilhete para o Mundial: o base Sajjad Mashayekhi e o extremo Mohammad Jamshidi. O técnico desta seleção é o esloveno Mehmed Becirovic, com enorme experiência em equipas europeias e baseado neste país asiático desde 2012. O seu conhecimento dos adversários poderá ser uma ajuda para vermos um Irão mais exigente em termos defensivos, ainda que no final das contas, a equipa deva estar presente neste Mundial apenas para evitar o último lugar do grupo A.

História

Apesar de ter uma participação olímpica nos Jogos de 1948, o Irão só muito recentemente se tornou numa seleção vencedora. O seu primeiro título surgiu em 2007, no Campeonato Asiático, algo que veio a repetir em 2009, 2013 e 2014. A história recente permitiu ainda participações nos Jogos Olímpicos de 2008 e no Mundial de 2010, tendo como denominador comum um jogador que se tornou ímpar no seu país.

Figura

Haddadi

Haddadi naquilo que o distingue

Existe o basquetebol iraniano antes de Hammed Haddadi e um outro, vencedor e dominador, depois da chegada deste jogador à sua seleção. O gigante iraniano, com 2m18, tem estado presente em todos os títulos da sua seleção. Nascido em 1985, conquistou o primeiro campeonato asiático em 2007, aproveitando-se das suas exibições nessa prova para conseguir dar o salto para a NBA, onde chegou no ano seguinte. Com passagens muito discretas pelos Memphis Grizzlies, Toronto Raptors e Phoenix Suns, Haddadi acabou por dividir o seu último ano entre as ligas iranianas e chinesa, onde é um jogador que consegue ter impacto e acaba por conquistar um ritmo que lhe permite atingir o Mundial em bom momento de forma.

Adversários

Na mente de todos estará o jogo entre Egito e Irão, onde os iranianos tentarão garantir uma vitória e evitar o último lugar do grupo. Todos os outro jogos serão testes bastante complicados para uma seleção sem o ritmo ou a qualidade para fazer frente a algumas das melhores equipas em prova. Becirovic dar-se-á por satisfeito se conseguir competir na generalidade das partidas desta competição, podendo ambicionar, no máximo, a perturbar algum dos seus adversários durante um ou dois períodos. Mais do que isso, na verdade, daria direito a feriado nacional em Teerão.