Eternos favoritos a vencer todas as competições internacionais, os Estados Unidos não viram costas ao prognóstico, mesmo que somem vários nomes de estrelas ausentes nesta competição. Sublinhando apenas os casos de LeBron James, Carmelo Anthony, Kevin Love ou Kevin Durant já seria suficiente para demonstrar o quão mais forte, e invencível, a armada norte-americana poderia ser. Mas os jogadores à disposição de Mike Krzyzewski, histórico treinador da Universidade de Duke, reúnem talento mais do que suficiente para atingir a final e vencê-la. Ainda que, claro está, não venha a ser tão fácil quanto poderia ser.
Com Derrick Rose a aproveitar o Mundial para voltar a demonstrar que está pronto para regressar a 100%, caberá ao base dos Chicago Bulls assumir a condução de jogo da sua equipa, ainda que Kyrie Irving ou Damian Lillard possam ser tão boas opções para a posição um. Stephen Curry e James Harden serão os lançadores de serviço de um conjunto que deverá ter em Chandler Parsons e Kenneth Faried a dupla originadora de maiores desequilíbrios no confronto com defesas adversárias. Perante essa dificuldade, apenas mitigada por um possível cinco com mais gente no exterior do que no interior, qualquer adversário terá que ter planos de recurso. Para ocupar o espaço dentro da área pintada, Anthony Davis será a principal aposta do Coach K, conjuntamente com DeMarcus Cousins e Andre Drummond, todos eles jogadores que, no jogo FIBA, dificilmente podem ser parados pelos seus pares.
Com uma rotação tão forte e rodada, os Estados Unidos jogarão, também, contra um público que lhe exigirá tudo e espera uma escorregadela, para além de enfrentar um conjunto de equipas que terão no confronto direto uma oportunidade de fazer história.
História
Foi nos Estados Unidos que o basquetebol foi inventado e desde aí que é por terras americanas que o melhor desta modalidade continua a ser praticada. A seleção dos Estados Unidos é uma vencedora crónica das provas em que participa, Mundiais ou Olímpiadas. Tendo falhado nos Jogos Olímpicos e no Mundial de 2006, onde acabou em terceiro lugar, desde aí não tem dado hipótese à concorrência.
Figura
Jogador com maior currículo daqueles que chegam no plantel dos Estados Unidos, Derrick Rose também vem com algo a provar, depois de duas lesões o terem colocado fora de competição nas últimas duas épocas. Apesar dessa escassa utilização e tempo dedicado a recuperar-se, os técnicos da equipa garantem que Rose chega a 100%. A provar-se isso mesmo, Rose poderá mesmo ser a grande figura desta equipa num Mundial que se espera vitorioso, mesmo que a seu lado possam vir a estar jogadores com maior impacto no número de pontos marcados. Rose será o líder em campo.
Adversários
Olhando para as equipas do Grupo C, não se vê grande concorrência para os Estados Unidos. O mesmo poderá dizer-se de possíveis quartos classificados do Grupo D. O verdadeiro campeonato da equipa norte-americana deverá começar nos quartos-de-final e a final que todos esperam deverá colocar frente-a-frente Espanha e Estados Unidos. Será nesse encontro que os homens do Coach K precisarão de mostrar que merecem jogar sob a mesma bandeira do Dream Team. Serão capazes de aguentar a pressão?