Iniciamos hoje a publicação de perfis de todos os países participantes no Mundial de Basquetebol que se disputará entre 30 de agosto e 14 de setembro em Espanha. Para começar, nada melhor do que ficar a conhecer a equipa do país organizador, que entra em campo, também, como um dos grandes favoritos a vencer a competição.

Juan Antonio Orenga aposta naquele que poderá ser o último grande esforço de uma geração histórica do basquetebol espanhol. Com o Pau Gasol e Juan Carlos Navarro como os nomes mais sonantes da equipa, conjugam-se ainda outros elementos que vão deixando marca no basquetebol mundial. Ricky Rubio, José Calderón, Marc Gasol ou Serge Ibaka são, por estes dias, jogadores de referência na NBA, enquanto Rudy Fernandez, Sergio Llull e Sérgio Rodriguez brilham nas competições europeias, todos com a camisola do Real Madrid. A expetativa, em Espanha, é enorme, mesmo sabendo-se que perante os Estados Unidos o melhor que se pode ambicionar a alcançar é um lugar na final.

Juan Carlos Navarro Espanha

A raça como imagem de marca

O técnico Orenga não é uma figura consensual no país vizinho. O terceiro lugar alcançado no Eurobasket do ano passado deixou bem claro que a este técnico pode faltar alguma capacidade de mudar o sentido do jogo a partir do banco. Mas também ele poderá ser embalado pelo ambiente que se criará nas bancadas. Antes do início da prova, falta praticamente um mês onde os espanhóis cumprirão um tour pelo país em jogos de preparação. Desses jogos se poderão retirar várias conclusões quanto à capacidade dos espanhóis para virem a alcançar um resultado histórico neste Mundial. Mas, logo à partida, a sensação de que esta pode ser uma espécie de despedida para nomes como Navarro, Pau Gasol ou Felipe Reyes, enamorará todos os seguidores do basquetebol espanhol para o que pode mesmo ser uma caminhada histórica.

História

Campeões do Mundo em 2006 e Campeões Europeus em 2009 e 2011 são os pontos altos do basquetebol espanhol, alcançados pela geração que ainda se apresentará nos pavilhões durante esta edição do Mundial. Sendo de sublinhar que a equipa dos Estados Unidos está, hoje, mais forte, enquanto os anos não perdoam às figuras de referência da equipa da ÑBA, ainda assim, a ilusão vestirá de vermelho durante os 15 dias da competição. As medalhas de prata nos Jogos Olímpicos de 2008 e 2012 brilham, também, intensamente, entre os momentos altos dos espanhóis nas grandes competições do basquetebol mundial.

Figura

Pau Gasol Espanha

Pau Gasol dá cartas

Poucos duvidarão que Pau Gasol é o elemento central dos grandes momentos do basquetebol espanhol nos últimos quinze anos, ainda que tenha sido enquanto sénior que o All Star brilhou ao mais alto nível. Nascido em 1980, Pau jogará na próxima temporada nos Chicago Bulls. Foi, no entanto, no FC Barcelona que fez a sua formação e se estreou como profissional. Escolhido no Draft de 2001 pelos Atlanta Hawks, viu os seus direitos serem trocados para os Grizzlies, sendo em Memphis que se estreou na NBA. Depois de sete temporadas, acabou por viajar para Los Angeles, onde representou os Lakers e foi campeão desta competição por duas vezes. Com a seleção espanhola, venceu o Mundial de 2006 e os Europeus de 2009 e 2011, mantendo um curioso recorde: em dez presenças em competições de seniores (Europeus, Olímpicos e Mundiais), manteve sempre médias pontuais acima dos 17 pontos por jogo. Impressionante.

Adversários

A Espanha entra em campo com os Estados Unidos no pensamento, sendo esse o adversário que só quererão encontrar na final. Na fase de grupos, a França será o “inimigo a abater”, depois de os terem derrotado no Eurobasket do ano passado. Sérvia e Brasil, em dias bons, poderão criar dificuldades, enquanto Irão e Egito oferecem oportunidade a Orenga para rodar o seu plantel.