A seleção eslovena vive um período de renovação do seu plantel, mas isso não significa uma menor ambição nem, muito menos, menor capacidade para competir ao nível mais alto por uma presença em fases adiantadas do Mundial. Sob a liderança de Goran Dragic, base dos Phoenix Suns, a Eslovénia atingiu o quinto posto o Eurobasket do ano passado e sentirá que o Grupo D lhe poderá proporcionar um bom ponto de partida para atingir os quartos-de-final neste Mundial. Não é, no entanto, uma equipa perfeita, está bem longe disso, neste momento. Ao poderio do jogo exterior falta um complemento no interior, onde os eslovenos sabem ter o seu calcanhar de Aquiles.
Assim, com outro irmã Dragic, Zoran, a fazer par na condução de jogo, espera-se ver Edo Muric e Domen Lorbek a conjugar esforços para tornar a posição 3 como uma das mais fortes da sua equipa. Os dois atletas são fortes defensores e colocam um enorme dinamismo no jogo ofensivo da equipa, podendo abrir espaços para os Dragic brilhem no tiro exterior – ainda que nem sempre estes consigam manter o nível bem alto. Uros Slokar acaba por ter a grande responsabilidade da luta debaixo das tabelas, junto com Jure Balazic. Mas os dois não deverão fazer esquecer, para já, grandes vultos do jogo interior esloveno, como Erazem Lorbek, Begic ou Vidmar, que deixaram de fazer parte das escolhas de Jure Zdovc, juntamente com Lakovic, Brezec e Beno Udrih, neste trabalho de renovação que se espera poder colocar a Eslovénia um passo adiante de alguns dos seus concorrentes europeus.
História
O país do basquetebol ainda persegue uma medalha numa grande competição internacional, nunca tendo alcançado um pódio. O Eurobasket de 2009 foi quando estiveram mais perto, ao disputar a partida do 3º e 4º lugar. A sua estreia em Mundiais deu-se em 2006, quando alcançaram os oitavos-de-final, tendo repetido em 2010, adiantando-se até aos quartos-de-final.
Figura
Tendo surgido com apenas 18 anos na Liga Adriática, ao serviço do Slovan Ljubljana, Goran Dragic não demorou muito tempo a ver o seu talento reconhecido, com uma chamada para Espanha. A sua passagem pelo Murcia, emprestado pelo Baskonia, acabou por não ter grande resultado e regressou a Ljubljana, ao Union Olimpija, onde se estreou na Euroleague e acabou por ser escolhido no Draft da NBA em 2008. Tendo sido escolha dos San Antonio Spurs, acabou trocado para Phoenix, onde desde aí tem desenvolvido uma carreira como um dos bases europeus mais sólidos. As suas melhores épocas foram as duas últimas, curiosamente depois de ter sido “enviado” para Houston e regressado, aproveitando também a evolução do plantel dos Suns. Neste Mundial, espera conduzir a Eslovénia a mais um bom resultado em competições internacionais, sendo presença regular na equipa desde o verão de 2006.
Adversários
Começando com a Austrália e terminando com a Lituânia, a Eslovénia reserva os jogos chave do Grupo D para os extremos. Pelo meio, viverá a obrigação de vencer todas as três partidas, de modo a não deixar dúvidas que pertence ao universo dos três primeiros classificados. Da sua prestação frente às equipas mais fortes dependerá a sorte nos oitavos-de-final onde poderá, se estiver ao seu melhor nível, alimentar esperanças de nova presença nos quartos-de-final.