O Manchester City foi a Old Traford vencer o dérbi mais esperado e leva agora onze pontos de vantagem sobre o rival. À décima sexta jornada, uma tal margem parece já decisiva e custa a imaginar este City a ceder tantos pontos. José Mourinho tem que reequacionar os objetivos da temporada, já que o título está praticamente descartado. O mesmo se aplica a Antonio Conte, que deu a David Moyes a primeira vitória ao comando dos Hammers.

Fora de alcance?

Os três golos do dérbi resultaram de erros individuais.

Os três golos do dérbi resultaram de erros individuais.

Se dúvidas houvesse, o dérbi de Manchester acaba de dissipá-las. À data de hoje os Cityzens estão uns furos acima de toda a concorrência e essa diferença de nível está expressivamente plasmada no fosso que os separa de toda a concorrência. Há décima sexta jornada a equipa de Pep Guardiola leva onze pontos de vantagem sobre o segundo classificado, o United, uma margem que os coloca claramente na senda do título. Quer isto dizer que o City é imbatível? Não, e falta ainda muito campeonato pela frente. Mas vendo a qualidade deste plantel, a forma como o seu jogo está consolidado e a diversidade de opções de qualidade custa acreditar que esta equipa possa desbaratar tantos pontos, sem que os perseguidores voltem a tropeçar. Mesmo que as lesões ataquem nesta faze de fim de ano que é sempre dura de ultrapassar na Premier League, nenhum outro plantel está tão bem equipado para fazer avançar as segundas linhas. E este fim de semana o treinador catalão já aflorou o único setor que pode estar fragilizado, o eixo defensivo, dizendo que a equipa não pode estar dependente do capitão Kompany, que é muito propenso a limitações físicas.

Estratégia não foi suficiente

Ainda há muito campeonato pela frente mas o técnico português sabe que onze pontos são um fosso tremendo para um adversário tão completo.

Ainda há muito campeonato pela frente mas o técnico português sabe que onze pontos são um fosso tremendo para um adversário tão completo.

Já se sabia que os Red Devils teriam muitas dificuldades para bater o pé aos rivais. Com Paul Pogba talvez as possibilidades estivessem mais equilibradas mas sem ele era apenas uma questão de acreditar que José Mourinho conseguia sacar um coelho da cartola. Não sacou. Talvez por ser tantas vezes acusado de jogar à defesa frente aos adversários do topo da tabela, o português resolveu alinhar com Rashford, Lingard e Lukaku de início. E, verdade seja dita, esteve quase a resultar. Mas seria sempre baseado em oportunismo para ser eficaz. Lamentar que Ander Herrera não seja Pogba parece altamente injusto, é o mesmo que comparar um Audi com um Maseratti. Se há coisa que emerge destes últimas semanas do Manchester United é que o médio gaulês vale cada cêntimo que o clube pagou por ele. E que para competir com o City era necessário haver vários ativos da mesma craveira, porque é com essas armas que o rival combate.

Agora Mourinho tem que reformular os objetivos para a temporada. Como o próprio reconheceu, o título está virtualmente fora de alcance. É preciso começar a projetar para o segundo posto, talvez até para brilhar na Liga Milionária, porque não? O mesmo acontece com o Chelsea. Ao perder no Estádio Olímpico frente aos Hammers, proporcionando a primeira a Moyes nesta aventura londrina, o campeão em título ficou a catorze pontos do primeiro lugar. Conte estava furioso com o resultado mas admitiu que agora a preocupação tem que ser garantir um lugar no top-4. A sorte é que tanto Liverpool como o Arsenal, quarto e quinto classificados, também cederam pontos.

Boas Apostas!