A meio da semana, uma jornada da Ligue 1 era o momento ideal para testar o ritmo das equipas que seguem na frente da competição, ao mesmo tempo que vão tendo provas europeias onde defender os seus objetivos. E dos quatro primeiros classificados, foi o Monaco a perder pontos, numa deslocação a Dijon que nos mostrou a outra face da equipa de Leonardo Jardim: aquilo que acontece quando o pé levanta do acelerador.
Só funciona a máxima velocidade
A equipa do Monaco rege-se por princípios muito simples, quer no momento ofensivo, quer no momento defensivo, buscando sobretudo uma segurança das suas linhas mais recuadas e alimentando uma dupla de avançados muito potentes através da criatividade de Bernardo Silva. O português camisa 10 é o jogador com maior liberdade na dinâmica da equipa, aparecendo em várias zonas diferentes do campo, algo que nesta partida frente ao Dijon lhe foi fechado pela defensiva adversária.
Ainda assim, o Monaco chegou à vantagem cedo, com um golo de Carillo aos 17 minutos. Apesar da exibição mais cinzenta, de uma equipa a jogar de forma mais lenta e enferrujada do que o habitual, o golo continuava por lá. Mas Leonardo Jardim e os seus jogadores terão acreditado que um golo seria o suficiente para assegurar os três pontos neste encontro. Mérito para o Dijon, que nunca desistiu de alcançar o empate, forçando o Monaco a recuar e conseguindo chegar a esse objetivo já quase no final da partida, quando aos 87 minutos Sammaritano alcançou o golo que obrigou à divisão de pontos.
Nice e Paris SG cumprem obrigação
O Nice não desarma na frente da Ligue 1 e depois do empate caseiro frente ao Bastia, a deslocação a Guingamp levantava questões sobre até quando poderia o conjunto manter-se agarrado ao primeiro lugar. Perante um conjunto que também tem estado na luta de proximidade aos lugares europeus, a equipa do Nice manteve-se compacta, beneficiando de uma vantagem adquirida muito cedo na partida, logo aos cinco minutos, com um golo de Belhanda.
Também o Paris SG, a jogar perante o seu público com o atrevido Angers, não necessitou de elevar demasiado o ritmo para se colocar, agora, isolado no segundo lugar. Thiago Silva abriu o marcador à passagem do minuto 34, para que na segunda parte, Edison Cavani aumentasse a vantagem do campeão em título através da marcação de uma grande penalidade.
O despertar do Lyon
Foi a sensação da jornada. Depois de ver quebrada uma série de vitórias com uma derrota perante o Paris SG, o Lyon fez com que o Nantes pagasse a fatura, goleando por 6 a 0. Tão impressionante como a aparência do marcador nesse momento final da partida, o facto de terem sido seis jogadores diferentes a marcar os golos do Lyon. O espetáculo ofensivo começou com um golo de Tolisso, aos 16 minutos, aumentando ainda na primeira parte com uma grande penalidade assinalada por Lacazette (39 minutos) e Tolisso (41 minutos). Na segunda parte, o Lyon não parou e continuou a marcar. Valbuena (60 minutos), Diakhaby (75 minutos) e Fekir (81 minutos) acabaram por fechar a contagem na meia-dúzia.