Mikhail Kukushkin – Gael Monfils (Halle Open)
Gael “Showman” Monfils bem vai resmungando que não gosta da relva mas nem por isso vira a cara à luta. Depois da semifinal em Estugarda, na semana passada, segue para segunda ronda do Open de Halle. O obstáculo a superar agora, se quiser chegar aos quartos de final, é Mikhail Kukushkin. Numa coisa francês e cazaque estão de acordo: o esplendor da relva não é a sua praia.
É natural que Gael Monfils não goste de jogar em relva. Não que ele não tenha características para ser competitivo nesta superfície mas aqui ele não consegue deslizar para chegar às bolas, é preciso ser muito mais preciso, passe a redundância. Não gosta mas continua a insistir, há que lhe tirar o chapéu. Ele quer melhorar o seu jogo também aqui, embora continua a ser um ambiente que não é o seu.
Na semana passada o número dezasseis do ranking marcou presença em Estugarda, no Mercedes Open, e atingiu a semifinal. Perdeu com Rafael Nadal (6-3, 6-4), depois de ter batido Andreas Haider-Maurer (7-6, 7-6) e Philipp Kohlschreiber (7-5, 3-6, 6-3) nas etapas anteriores. Monfils nunca chegou a um afinal neste piso tradicional do ténis. Estugarda foi apenas a terceira vez na sua carreira em que esteve perto de o conseguir.
Em 2014, Gael caiu nesta mesma fase do torneio, agora promovido à categoria ATP 500, às mãos de Kei Nishikori. Nesta edição teve que ultrapassar Lukas Rosol, na primeira ronda, e desembaraçou-se do checo com mais facilidade do que se poderia esperar (6-3, 6-4).
O facto de haver mais tempo entre o Major da terra batida e o seu equivalente em relva pode beneficiar bastante tenistas como o francês, que têm que desaprender as movimentações que lhe são mais confortáveis no pó de tijolo e adaptar o seu jogo para pancadas e um tempo de reação muito distintos.
Mikhail Kukushkin também dispensava esta superfície. Houve mesmo anos em que o fez, e não é o único, claro. Em toda a sua carreira, conta cinco vitórias e treze derrotas em relva, o que diz quase tudo. Mas com o alargamento da temporada de terra batida, e a elevação de duas provas de preparação para Wimbledon à categoria seguinte, torna-se cada vez mais complicado passar ao lado dos pontos e da competição.
À semelhança de Monfils, também o cazaque marcou presença em Estugarda. Mas as semelhanças terminam aí. Kukushkin cedeu passagem, logo na ronda inaugural, ao veterano Tommy Haas (6-4, 7-5), que voltou nesse torneio ao ativo, um ano depois de ter sido operado ao ombro.
É a primeira vez que Mikhail disputa o Gerry Weber, portanto a passagem à segunda ronda da prova alemã já está a render. O checo Jiri Vesely até venceu, com grande desnível o primeiro parcial. Mas o cazaque não se deixou abater e lutou bastante para conquistar os dois seguintes (6-1, 6-7, 7-5). É com confiança que avança para a ronda seguinte, afinal de contas não tem nada a perder.
Apesar da diferença no ranking – Monfils está no top-20, Kukushkin no top-60 – dar favoritismo nos confrontos diretos ao francês, foi o cazaque a sair vitorioso no único que tiveram até hoje, no piso sintético de Melbourne.
2012 | Open da Austrália | Kukushkin | 3 | 6 | 7 | 5 | 1 | 6 | 3R | |
Monfils | 2 | 2 | 5 | 7 | 6 | 4 |
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