México – Rússia (Taça das Confederações)
O México fecha a fase de grupos frente à seleção anfitriã e ambas podem ainda seguir em frente. Para a Rússia, só a vitória serve. A Tricolor chega com um ponto de vantagem mas vencer a seleção russa em casa não será pera doce, como se viu diante de Portugal. Juan Carlos Osorio deixou vários jogadores importantes no banco frente à Nova Zelândia e esteve quase a pagar o preço pela rotação. Só a entrada de Herrera alterou a dinâmica e permitiu dar a volta ao resultado.
México e Portugal lideram o grupo B da Taça da Confederações à entrada para a derradeira jornada da fase inicial. As duas seleções somam quatro pontos. No caso dos mexicanos, advêm do empate frente aos lusos (2-2) e do triunfo seguinte, à custa dos neozelandeses (2-1). Mas a Rússia, com três pontos, ainda não está fora da corrida e vai dar tudo para passar às meias-finais da competição.
No segundo jogo, diante da Nova Zelândia, Juan Carlos Osorio manteve-se fiel às suas ideias e rodar bastante a equipa. A começar pela baliza, onde Talavera ocupou o lugar de Ochoa. Daí já se sabia que não viria mal ao mundo. No banco ficaram outros elementos cuja experiência e discernimento se sentiu imediatamente falta. Claro que mesmo se Carlos Vela, Miguel Layún, Jonathan dos Santos, Andrés Guardado, Hector Herrera e Chicharito o México continua a por cima da partida. Continua a ser mais competitivo que a seleção da Oceânia. Mas era apenas uma pálida imagem da equipa que tinha batido o pé a Portugal. E isso ficou ainda mais evidente quando, ao arrepio do jogo, a Nova Zelândia abriu o marcador, por intermédio de Chris Wood, quase em cima do intervalo. No regresso dos balneários, o selecionador mexicano fez entrar o médio do FC Porto e logo a dinâmica do México se alterou. Com capacidade para segurar e distribuir a bola com critério, o miolo da equipa voltou a funcionar. Raúl Jiménez fez a igualdade aos cinquenta e quatro mas foi preciso esperar mais de vinte minutos para Oribe Peralta dar a volta ao marcador. Até ao fim a situação esteve longe de resolvida. Uma entrada mais dura de Ryan Thomas sobre Herrera, nos minutos finais, desencadeou uma cena de pancadaria generalizada que já não é frequente ver-se a este nível. O árbitro recorreu ao vídeo e apesar de todos termos visto chapadas, empurrões e cabeçadas – que em muitas outras situações justificaram a amostragem de vermelhos diretos – só Herrera, Thomas e Diego Reyes viram amarelo, e às pinguinhas.
Onze Provável: Ochoa – Araújo, Reyes, Moreno, Layún – Jonhathan dos Santos, Herrera, Guardado – Vela, Jiménez, Chicharito.
É jogo de tudo ou nada para a Rússia. À seleção da casa só a vitória serve e não há dúvida que vai dar o que tem e o que não tem para a conseguir. Viu-se diante de Portugal (0-1). Apesar de bastante superior, a equipa das Quinas só conseguiu marcar um golo, da autoria do suspeito do costume, e com essa margem mínima sofreu até ao apito. Portugal devia ter sentenciado o encontro logo no primeiro tempo. À medida que o tempo foi passando, a Rússia foi crescendo em confiança e percebeu que um último esforço podia render dividendos preciosos. Não aconteceu mas a vontade permanece válida. Será preciso o melhor México para quebrar esta crista porque a pressão vinda das bancadas é enorme. A possibilidade de ir além do que os analistas acharam possível é uma motivação poderosa, que pode ajudar a mascaram a falta de talento generalizado nesta formação russa.
Onze Provável: Akinfeev – Jikia, Vasin, Kudryashov – Samedov, Golovin, Glushakov, Gazinskiy, Zhirkovc – Smolov, Poloz.
México
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1-4 |
Jogos Amigáveis 1994
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Rússia
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2-0 |
México
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Jogos Amigáveis 1992
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Há vinte e três anos que as seleções de futebol do México e Rússia não se defrontam. Nessa altura, em jogo amigável, os russos levaram a melhor.