México – Nova Zelândia (Play-off Mundial 2014)

Na primeira mão do Playoff para o Mundial 2014, o México, quarto classificado do grupo de apuramento da CONCACAF, recebe a Nova Zelândia, vencedor do grupo de apuramento da Oceânia. À partida, a diferença de valia entre as duas equipas poderia indicar uma eliminatória decidida desde já. No entanto, a fragilidade apresentada pelos mexicanos nesta fase de apuramento e o crescer de experiência da parte dos neo-zelandeses, que tiveram uma presença respeitosa no último Mundial, mantém tudo em aberto na véspera da realização do primeiro encontro.

A carreira do México foi tão pobre que a Federação não perdeu tempo a chamar um novo técnico para enfrentar o desafio do playoff. Manuel Herrera, técnico do América e recente vencedor do Torneo Clausura da Liga Mexicana, assume as rédeas da equipa num momento de grande pressão, onde será impossível falhar. Com apenas duas vitórias e cinco empates na fase de apuramento da CONCACAF, os mexicanos chegam aos playoff devido à má sorte do Panamá, que nos momentos finais da última jornada desperdiçou a vantagem adquirida sobre os Estados Unidos para permitir ao México uma última oportunidade para chegar ao Mundial. Sublinhando-se que a equipa mexicana tem sido presença habitual na competição, e sabendo-se de vários jogadores mexicanos que estão, neste momento, no auge das suas carreiras, seria difícil compreender a sua ausência. Ainda assim, Manuel Herrera surpreendeu com a sua convocatória, deixando de fora todos os jogadores mexicanos que jogam fora do seu país. Será assim um México sem Ochoa, Moreno, Herrera, Guardado, Giovani dos Santo ou Chicarito Hernandez aquele que se apresentará nesta partida. Uma missão de alto risco, a levar a uma aposta bem arriscada da parte do técnico.

Onze provável: Munoz – Valenzuela, Rafael Márquez, Francisco Rodríguez – Paul Aguilar, Medina, Luis Montez, Molina, Layún – Peralta, Raul Jiménez.

A Nova Zelândia não sentiu qualquer dificuldade para chegar a este playoff, tendo ultrapassado a fase de qualificação da Oceânia somando apenas um empate, frente às Ilhas Salomão. De resto, por curiosidade, pode dizer-se que os neo-zelandeses venceram ambas as partidas disputadas frente ao Tahiti, campeão continental, por 2 a 0 e 3 a 0. Richard Herbert conseguiu cumprir, assim, os mínimos de forma brilhante, tendo agora que conseguir que a sua equipa se supere para poder voltar a marcar presença no Mundial. Será de esperar que a Nova Zelândia apresente a sua face habitual nos grandes palcos internacionais. Uma defesa de ferro, utilizando toda a garra dos seus jogadores para impedir aproximações à sua área, em busca de, na transição, com passes longos, encontrar espaço para um dos seus avançados marcar. As ausências de Winston Reid, Cameron Howieson e Kris Bright, todos a evoluir em clubes europeus, espera-se que não fragilizem em demasia as opções do seu técnico, que tentará misturar experiência e alguma juventude para surpreender os mexicanos.

Onze provável: Moss – Sigmund, Lochhead, Durante, Tommy Smith – Bertos, Christie, McGlinchey – Marco Rojas – Smeltz, Chris Wood.

Este será o primeiro encontro oficial entre as duas equipas, que até agora disputaram três amigáveis entre elas, com duas vitórias para o México e apenas uma para a Nova Zelândia, em 1980.

México	3-0	Nova Zelândia	Amigáveis 2011
México	2-0	Nova Zelândia	Amigáveis 2010
Nova Zelândia	4-0	México	Amigáveis 1980

A jogar perante o seu público, espera-se que a equipa mexicana puxe dos galões para se impor perante a Nova Zelândia, até porque terá ainda que se deslocar até lá para fechar a eliminatória. Do lado dos forasteiros, haverá seguramente um forte autocarro a tentar impedir facilidades na preparação para essa viagem.

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