A seleção Tricolor já está na Rússia para participar pela oitava vez na Taça das Confederações. O México, que venceu o troféu em 99, estreia-se no domingo frente a Portugal. Para Juan Carlos Osorio é uma questão de afirmação: na CONCACAF é dominante mas o contexto competitivo não é o mais exigente. À exceção de Jesús Corona, que pediu despensa por motivos pessoais, toda a legião europeia seguiu na comitiva.
Presença habitual
O México está habituado a marcar presença na Taça das Confederações. A seleção mexicana participou em sete das nove edições anteriores e conquistou uma vez o troféu, em 1999, derrotando na final o Brasil (4-3). Em 2005 perdeu o jogo de atribuição do terceiro e quarto lugar com a Alemanha. Curiosamente, o resultado foi o mesmo – desta vez o 4-3 a favor da Alemanha – mas a partida só ficou decidida no prolongamento.
A seleção mexicana ganhou a vaga nesta Taça das Confederações ao vencer a Taça CONCACAF em 2015, vencendo no prolongamento os Estados Unidos (2-3), ainda o conjunto era comandado pelo técnico brasileiro Tuca Ferretti.
A competição reúne o anfitrião o Campeão do Mundo de futebol em título, o anfitrião do próximo Mundial e os campeões europeu, sul-americano, asiático, norte e centro-americano e da Oceânia. É uma forma inteligente e prática de testar a capacidade organizativa e as infraestruturas desportivas do país organizador. O Grupo A – onde se incluem México, Portugal, Nova Zelândia e Rússia – ficará sediado em Kazan.
Legião europeia em força no plantel
Juan Carlos Osorio aposta forte nesta Taça das Confederações. No início de julho o México defende o título conquistado na Gold Cup, no ano passado. O selecionador mexicano optou por utilizar toda a chamada “legião europeia” na Rússia, recorrendo depois aos jogadores que jogam no continente americano para formar o contingente na competição da CONCACAF. A única exceção é Jesús Corona, que pediu despensa por motivos pessoais. É comum ouvir por estes dias que esta é uma das mais fortes seleções mexicanas de que há memória e isso é sempre muito relativo. Mas as expetativas são provavelmente potenciadas pela quantidade de jogadores que vão fazendo carreira nos vários campeonatos europeus. Catorze dos vinte e dois convocados jogam no Velho Continente. Os nomes de Héctor Herrera, Miguel Layún (FC Porto) e Raúl Jiménez (Benfica) saltam à vista porque estamos habituados a vê-los todas as semanas. Mas as ligas espanhola (Ochoa, Diego Reyes, Jonathan dos Santos e Carlos Vela), alemã (Chicharito) e holandesa (Héctor Moreno, Andrés Guardado) também estão bem representadas.
O que vale o México fora da CONCACAF?
Os analistas são unânimes em considerar que esta participação na Taça das Confederações será o teste do algodão para a seleção que Osorio desenhou. O México tem sido amplamente dominador sob o comando do colombiano mas também é indesmentível que o contexto competitivo dentro da CONCACAF não é o mais exigente. Os Estados Unidos e a Costa Rica, de forma mais pontual, são os adversários que dão luta. Em abstrato, na Rússia o selecionador mexicano vai poder testar as suas ideias diante das melhores seleções do mundo. Há dúvidas, que eu acredito que Juan Carlos Osorio também cogita, quando à forma como o sistema de posse de bola, bastante balanceado para o ataque, que preconiza vai encaixar em adversários como Portugal, por exemplo. Ou mesmo a Rússia, só para citar os parceiros da fase de grupos.
Ficar-se pela fase de grupos seria uma prestação dececionante para as ambições deste México. As meias-finais serão o patamar expectável. Vai tudo depender bastante daquilo que a formação mexicana conseguir produzir nos confrontos iniciais. O primeiro jogo é com Portugal, no dia 18, e seguem-se Nova Zelândia e Rússia, a 21 e 24, respetivamente.
Boas Apostas!