México – Alemanha (Jogos Olímpicos 2016)
A seleção campeã em título estrear-se-á nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro com um teste de exigência méxicana. A formação mexicana, atual detentora da medalha de ouro, mede forças com a congénere alemã na primeira jornada da fase de grupos. O jogo entre as duas principais forças do grupo C será disputado na Arena Fonte, em Salvador da Bahia.
Prognosticar o desempenho de uma seleção olímpica é um exercício que envolve alguma complexidade. A equipa mexicana é uma das mais bem cotadas em prova, uma vez que é a atual detentora da medalha de ouro e possui um conjunto de jogadores talentosos a nível individual. À partida, “La Tri” é candidata a uma medalha, mas terá que provar isso dentro das quatro linhas, demonstrando que os mecanismos coletivos estão suficientemente afinados para chegar longe na prova.
Ao contrário do que acontece na maioria das seleções olímpicas, Raul “Potro” Gutierrez não teve grandes dificuldades na elaboração da lista de convocados do México. Os clubes da Liga MX costumam demonstrar abertura à cedência de jogadores às seleções jovens, de tal forma que pôde chamar atletas como Carlos Salcedo, Erick Gutierrez ou Hirving Lozano. Na lista de convocados também poderia estar o sub-23 Jesus Corona, jogador do FC Porto que esteve na Copa América ao serviço da seleção principal e chegou a figurar como potencial integrante desta seleção olímpica. Oribe Peralta, medalhado nos Jogos Olímpicos de Londres, é um dos atletas acima dos 23 anos seleccionados por Raul Gutierrez. O experiente guarda-redes Alfredo Talavera também está entre os convocados, tal como o lateral Jorge Torres Nilo que procurará ser a voz de comando da defesa. Em 4-4-2 ou 4-2-3-1, a talentosa seleção mexicana procurará afirmar-se através da identidade que lhe é reconhecida, com um futebol vertical e dinâmico no último terço.
Onze Provável: Talavera; Erick Aguirre, Montes, Salcedo, Torres Nilo; Pizarro, Guzman, Gutierrez, Lozano; Bueno, Peralta
A seleção da Alemanha apresenta-se no Rio de Janeiro com um conjunto interessante, composto por vários nomes que já têm espaço nos principais palcos do futebol germânico. Os irmãos Bender (Sven e Lars) foram convocados e poderão afirmar-se como autêntico pilares de um conjunto que reúne talentos como Matthias Ginter (Borussia Dortmund), Max Meyer (Schalke 04), Leon Gortezka (Schalke 04), Julien Brandt (Bayer Leverkusen) e o “intruso” Serge Gnabry (Arsenal), que atua em Inglaterra. Na frente de ataque, dois atletas que no Brasil tentarão voltar a patentear o talento que outrora exibiram em competições de seleções jovens: Davie Selke (RB Leipzig) Nils Petersen (Freiburg). A imprensa alemã crê que a principal dificuldade desta seleção poderá estar associada à ausência de um “homem-golo”, com Selke e Petersen a quererem assumir esse papel para poderem mostrar valor. O seleccionador Horst Hrubesch não podrá contar com seleccionáveis que chegaram a estar nas contas como Bernd Leno Julian Draxler, Joshua Kimmich, Emre Can, mas as ausências enunciadas não fazem com que a seleção alemã deixe de ser candidata a alcançar as medalhas. O facto de estarmos perante um conjunto de jogadores com muita experiência ao mais alto nível – alguns já jogaram inclusive na Liga dos Campeões – faz-nos crer que a seleção alemã poderá ser uma ameaça a ter em conta neste torneio olímpico de futebol
Onze Provável: Horn, Toljan, Sule, Klostermann, Ginter, Lars Bender, Sven Bender, Brandt, Gnabry, Meyer, Petersen
Em contexto olímpico, o último encontro entre as seleções de Alemanha e México data 1972, quando empataram a um golo nos Jogos Olímpicos de Munique. Tendo em conta a qualidade que ambas as equipas patenteiam do meio-campo para a frente e as caraterísticas do próprio jogo, é expectável que ambas consigam chegar ao golo.