Se há jovem que se tem destacado na fase final do Mundial da Rússia, é Kylian Mbappé. Aos 19 anos, o jogador do PSG já é uma das referências da seleção francesa, assumindo-se como principal protagonista do ataque francês, suplantando mesmo Antoine Griezmann nesse sentido.
Autor do golo que ditou a vitória frente ao Perú (1-0), Kylian Mbappé fez com que o mundo de futebol se voltasse a render ao seu talento nos oitavos-de-final, frente à Argentina. “Ganhou” uma grande penalidade na sequência de uma tremenda arrancada do seu meio-campo, apontou dois golos e foi galardoado com o prémio de homem do jogo, deixando “água na boca” para o que aí vem. Até então, é incontestável: Mbappé tem sido o melhor sub-23 da competição.
Entre as escolhas de Didier Deschamps, a outra grande revelação: de seu nome Benjamin Pavard, lateral que tem sido a grande surpresa no onze francês, impressionando pelo crescimento que denota de jogo para jogo. Para a posteridade fica o grande golo marcado à Argentina que estará entre os candidatos a melhor golo da competição.
Talento sub-23
Olhando para as restantes equipas que seguem em prova e começando pelo Uruguai, próximo adversário da seleção gaulesa, também há pelo menos dois ou três nomes a destacar na categoria sub-21: Nández, Torreira e Betancur, três rostos da renovação incutida por Óscar Tabárez no meio-campo que têm demonstrado muita qualidade na Rússia. O primeiro defende as cores do Boca Juniors, enquanto Torreira e Betancur jogam em Itália, ao serviço de Sampdoria e Juventus, respetivamente.
Na seleção brasileira, o “caçula” Gabriel Jesus não marcou neste campeonato do mundo e a imprensa brasileira clama pela titularidade de Roberto Firmino, mas o trabalho do jovem avançado do Manchester City deve ser reconhecido, até porque as suas funções não se restringem à tarefa de encontrar os caminhos para a rede adversária. Jesus tem trabalhado bem no último terço do terreno e demonstrado muita utilidade na manobra ofensiva brasileira.
Aleksandr Golovin tem sido o jovem em maior evidência na seleção da casa, daí que a permanência no “seu” CSKA de Moscovo esteja em sério risco, tendo em consideração que o assédio proveniente dos principais campeonatos europeus seja cada vez maior. Jogador de fino recorte técnico, diferenciado na equipa anfitriã, o estilo adotado por Cherchesov poderá não beneficiar o seu futebol nesta fase a eliminar, mas não há duvidas de que tem sido a principal referência desta equipa, enquanto os gémeos Miranchuk, tidos como grandes promessas, ainda aguardam oportunidade para se mostrarem.
Na Suécia, Victor Lindelof é o jogador mais novo de entre os habituais titulares e tem estado em bom plano, preparando-se agora para enfrentar uma seleção composta por jogadores que bem conhece e que é, de entre as equipas que continua a concurso, aquela que sofreu a maior renovação. Na Inglaterra de Gareth Southgate são vários os “sub-23” de créditos afirmados, algo natural atendendo à intensidade que possuem resultante da experiência de Premier League que acumulam. Arnold (19 anos), Dele Alli (22 anos), Raheem Sterling (23 anos) ou Marcus Rashford (20 anos) são alguns exemplos disso mesmo, sem esquecer elementos como Stones ou Kane que passaram a “barreira” dos 23 há bem pouco tempo.
Boas Apostas!