Marin Cilic – João Sousa (ATP China Open)
Depois de ter falhado a revalidação do título em Kuala Lumpur, João Sousa seguiu para Pequim. Eliminado que foi Gabashvili, na primeira ronda, segue-se o campeão do Open dos Estados Unidos, o croata Marin Cilic que leva nove jogos sem perder. Tarefa complicada para o português. O croata tenta chegar-se à frente, aos ambicionados oito mais cotados, para estar mais perto das finais do World Tour. Quem leva a sua avante?
A conquista do último Grand Slam da temporada catapultou Marin Cilic para o nono lugar da classificação ATP, uma posição que ele já tinha ocupado em 2010. Nessa altura, a qualidade e consistência do seu jogo faziam dele um dos mais sérios candidatos a explodir e juntar-se à elite do ténis mundial. Nestes quatro anos isso não aconteceu, em parte devido à situação de ter acusado positivo num controlo anti-dopping, que se veio a confirmar ter origem na toma de um medicamento para constipações. Mas claro que todo esse incidente afetou e muito a vida do croata, que quase viu a sua carreira no ténis ir por água abaixo. Em vez de ficar a lamentar-se pelo tempo perdido, Cilic voltou às origens. Convenceu o homem que primeiro acreditou nas suas capacidades, o seu ídolo de infância, a ser seu treinador e a colaboração não podia ter tido melhores frutos. Com Goran Ivanisevic por trás, como confidenciou no discurso de agradecimento em Flushing Meadows, Marin recuperou a alegria de entrar em court. O talento sempre esteve lá, a condição física e atlética também, faltava essa faísca para dar nova vida ao percurso profissional do croata. Aos vinte e seis anos, Cilic é o número nove do ranking ATP, com um registo de cinquenta vitórias e apenas dezasseis derrotas. Leva nove partidas sem perder – incluindo um encontro em representação da Croácia na Taça Davis – contra adversários como Berdych, Federer e Nishikori. Conta doze títulos de carreira no circuito profissional, três dos quais ganhos este ano. Antes de ter vencido o seu primeiro Major, Cilic venceu o quarto troféu em Zagreb – um torneio fetiche para o croata – derrotando Tommy Haas (6-3, 6-4) e superiorizou-se a Kevin Anderson na final de Delray Beach (7-6, 6-7, 6-4). Mas clara que o grande momento foi o jogo do título do Open dos Estados Unidos. Nishikori pagou o preço das maratonas contra Raonic e Djokovic e estava fisicamente esgotado. O que não diminui o mérito do croata, que desde o primeiro instante em court foi absolutamente esmagador (6-1, 6-3).
Há uma semana João Sousa entrava em campo na Malásia para defender o título em Kuala Lumpur. Acabou por cair à primeira tentativa, frente a Benjamin Becker (7-6, 6-2). É bem provável que a prestação do tenista português tivesse sido prejudicada pela sua chegada à final do torneio de Metz, que perdeu para David Goffin (6-4, 6-3), e pela longa viagem até à Ásia. Foi a terceira final do português em pouco menos de um ano, o que é significativo da evolução da capacidade competitiva de Sousa. Infelizmente, essas presenças nos jogos decisivos não se voltaram a traduzir em títulos. A eliminação precoce na Malásia permitiu-lhe fazer a viagem para Pequim com mais calma e até recuperar da diferença horária. Esta segunda-feira, João ultrapassou o russo Teymuraz Gabashvili, quinquagésimo quinto do ranking. O encontro começou mal para o português, que perdeu o primeiro parcial por 6-1. Mas Sousa foi capaz de reagir, forçar a decisão do segundo set em tie-break, que venceu, e fechar a partida no set seguinte (1-6, 7-6, 6-4).
Cilic e Sousa só se defrontaram uma vez no circuito, já em 2014. O croata levou a melhor na primeira ronda do Masters 1000 de Madrid, com duplo parcial de 6-1.
A Bet365 oferece-lhe 50€ de bónus para apostar neste jogo: http://bitly.com/50eurbonus
