Marcel Granollers – Andy Murray (ATP – Roma)
O tempo em Roma anda instável, tal e qual esta temporada em pó de tijolo. Já se faz tempo dos cabeças-de-série entrarem em jogo e na quarta-feira Andy Murray cruza-se com Marcel Granollers. Está em causa um lugar nos oitavos-de-final deste Masters 1000, o último apeadeiro antes do Major de Paris.
Marcel Granollers deve estar a rezar aos deuses do ténis para que Andy Murray ainda não tenha encontrado o seu caminho e continue o percurso errante desde a recente separação de Lendl. O espanhol de vinte e oito anos está a jogar no seu piso de eleição mas o registo desta época não tem sido propriamente brilhante: leva nove vitórias e treze derrotas, seis e nove, respetivamente, em terra batida. O início de 2014 até parecia auspicioso para o número trinta e um do ranking ATP, atingindo as semifinais de Chennai, onde caíu às mãos do francês Roger-Vasselin (45º), por 2 a 1. Mas desde aí até Marrocos só por uma vez fez mais que uma partida por torneio, na Argentina. No Torneio de Buenos Aires, Granollers foi eliminado por outro espanhol, Pablo Andujar, seu habitual parceiro na variante de pares, por 6-3 e 6-0.
Em Casablanca foi finalista vencido, entregando o título ao compatriota Guillermo Garcia-Lopez ao fim de três sets (5-7, 6-4 e 6-3). Mas para chegar lá teve que vencer uma corrida de obstáculos hispanofalantes. Primeiro, Albert Ramos, 110º (6-3, 7-6), depois Carreño-Busta, 68º (6-7, 6-3 e 6-0) e, por fim, Delbonis, 44º (6-1, 6-4). Em Monte Carlo, o espanhol foi derrotado, na primeira ronda pelo búlgaro Dimitrov, em três sets. Na semana seguinte, em Barcelona, cedeu também à primeira oportunidade, desta vez às mãos de Dominic Thiem (3-8, 6-3, 6-2). No Portugal Open que se seguiu, aguentou até aos quartos-de-final, onde se cruzou e perdeu com um Gimeno-Traver ao rubro (6-1, 6-2). Na primeira ronda do Masters 1000 de Roma, Granollers bateu o vigésimo sétimo do mundo, Feliciano Lopez, tendo sido forçado a um tiebreak para fechar o primeiro set (7-5, 6-1).
De certeza que referências a Granollers e Roma não invocam as melhores recordações a Andy Murray. Quase exatamente há um ano, no dia de aniversário do escocês, os dois encontraram-se na terra batida de Roma e o tenista mais cotado foi obrigado a abandonar a partida com problemas físicos. Estranhamente, fê-lo no exato momento em que venceu o tiebreak do segundo parcial, tendo assim igualado o encontro.
O agora oitavo classificado ATP, chega a Roma depois de uma breve passagem por Madrid, antecedida por quatro semanas de paragem. Murray anda à procura de um novo parceiro, depois de ele e Ivan Lendl terem dado por esgotada a colaboração que mantinham há dois anos, com excelentes frutos. Nas palavras do escocês, alguém que puxe por ele e o faça evoluir, como o antigo campeão fez. Não está em grande ritmo competitivo, nem muito concentrado. No Mutua de Madrid, sentiu dificuldades para levar de vencido Nicolas Almagro, cedendo o segundo parcial por um expressivo 6-1 (6-1, 1-6, 6-4). E na ronda seguinte não resistiu ao colombiano Santiago Giraldo, em dois sets sem história (6-3, 6-2).
Se ultrapassar Granollers, não terá tarefa fácil para progredir na competição. As probabilidades apontam para um encontro com Marin Cilic, nos oitavos, e Nadal nos quartos-de-final.
Marcel Granollers e Andy Murray já se defrontaram por seis vezes antes, a primeira das quais ainda no circuito de Futures, em que o espanhol saiu derrotado por dois sets a zero. Alías, podemos dizer que esse resultado seria indicativo do que estava para vir. O escocês só fraquejou em duas ocasiões, no Challenger de Ettlingen de 2005 (6-4, 6-1) e no já referido torneio de Roma do ano passado. Em 2006, em Barcelona, venceu por dois a um (4-6, 6-4, 6-2); no Open da Austrália, de 2009, por três a zero (6-4, 6-2, 6-2); no Masters de Montreal, de 2013, por dois sets sem resposta (6-4, 7-6).
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