Lukas Rosol – Rafa Nadal (ATP – Wimbledon)
Para o número um mundial este encontro com Lukas Rosol, na relva de Wimbledon, arrasta recordações dolorosas. Há a questão da derrota em si mas que se tornou secundária. Há dois anos atrás, no final dessa partida, Nadal não pode continuar a ignorar o problema no joelho que se tornava evidente. Foram sete meses fora da competição que, como admitiu o espanhol, praticamente o obrigaram a recomeçar do zero. O momento agora é outro, Nadal vem da conquista do seu nono título em Paris mas tem sentido dificuldades nestes primeiros encontros jogados em relva. Rosol está de olho num novo brilharete e sabe que se conseguir encurtar os pontos terá melhores hipóteses. E Rafa vai deixar?
Aos vinte e oito anos, Lukas Rosol ocupa o quinquagésimo segundo lugar do ranking ATP. Esta temporada leva um registo de vinte e seis vitórias e dezasseis derrotas, tendo estado muito ativo no circuito de challengers. No que respeita a presenças em torneios do Grand Slam, o resultado foi idêntico, eliminado na primeira ronda. No Open da Austrália, a honra coube a Tommy Robredo (6-1, 6-7, 3-6, 7-6, 8-6); em Paris, foi a vez de Vesely (6-2, 7-6, 7-5). No Dubai perdeu com o futuro campeão, Roger Federer, nos quartos-de-final, por duplo parcial de 6-2. O mesmo suíço que o viria a afastar nos oitavos de Monte Carlo (6-4, 6-1). Em Indian Wells resistiu até à segunda ronda, altura em que foi afastado por Andy Murray (4-6, 6-3, 6-2). Depois da eliminação precoce em Roland Garros, e enquanto outros aproveitavam para começar a transição para a relva, o checo regressou aos challengers – Prostejov e Praga. No primeiro atingiu os quartos, no segundo foi finalista vencido frente ao compatriota Jiri Vesely, número sessenta e oito do mundo. Para Rosol, o ponto alto da época foi a final de Bucarest. Para lá chegar venceu Volandri (6-1, 7-6), Nieminen (6-2, 6-4), Simon (7-6, 6-2) e Haase (3-6, 6-3, 6-2). Na partida decisiva caiu às mãos do búlgaro Grigor Dimitrov.
Até ao momento, Likas Rosol só disputou dois encontros em relva. Em Hertogenbosch foi travado por Jan-Lennard Struff (6-4, 6-2), logo à primeira prestação. Já em Wimbledom, ultrapassou o francês Beboit Paire, mas precisou de quatro parciais para o fazer (6-3, 3-6, 7-6, 6-4).
Rafa Nadal prefere pensar no que está para a frente mas é inevitável recordar aquele encontro, há dois anos, em que Lukas Rosol derrotou o bi-campeão de Wimbledon nessa mesma relva. Como é seu hábito, Rafa lutou até ao limite das suas forças contra o joelho destroçado. Ainda teve que lidar com as fitas do checo, gesticulando incessantemente, chocando com ele numa troca de lado e até atirando a raquete para o seu lado do court no festejo da vitória. Nadal é muito sensível às boas maneiras, ao respeito pelos adversários, e não gostou. Depois veio o pior. A cirurgia ao joelho e sete meses sem competir que lhe custaram a presença nos Jogos Olímpicos de Londres, na final da Taça Davis e em dois dos Majors – Estados Unidos e Austrália. O espanhol chegou a pensar que não poderia regressar aos courts e uma lesão tão séria obrigou-o a reformatar o seu ténis.
Dois anos depois, aterra em Inglaterra com o nono título de Paris e arranca logo para a conquista de mais uma vitória, a número setecentos em torneios ATP. Não foi fácil, todos sabem que estas primeiras partidas do espanhol em relva serão especialmente desafiantes, mas com esforço e suor lá levou de vencido o eslovaco Martin Klizan (4-6, 6-3, 6-3, 6-3).
Rosol e Nadal só se defrontaram por duas vezes. A referida, em 2012, em Wimbledon, que o checo ganhou, e já este ano, no Torneio de Doha, onde Rafa se impôs por dois sets a zero.
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