Los Angeles Lakers – New Orleans Pelicans (NBA)
Duas equipas com percurso semelhante nesta fase inicial da competição, Los Angeles Lakers e New Orleans Pelicans seguem para estradas bem diferentes uma da outra. Se em Los Angeles se vive, claramente, sob o ambiente do fim de um ciclo, em New Orleans, com novo nome e bastantes jovens, espera-se que seja o início de uma bela história de sucesso. Quem estará mais forte nesta fase da temporada.
Enquanto esperam que Kobe Bryant recupere – e nada parece indicar, neste momento, que seja algo que se possa ver em breve -, os Los Angeles Lakers têm uma missão a cumprir nesta temporada: manter-se na corrida por uma posição no playoff da Conferência Oeste. Até agora, esse programa vai sendo mantido com dificuldade, conseguindo os Lakers alguma clarividência nas partidas onde não são favoritos, como frente aos seus rivais Clippers ou aos Houston Rockets, enquanto sentem dificuldades para vencer as partidas onde poderia ganhar algum ascendente, como aconteceu nos jogos frente aos Dallas Mavericks, os New Orleans Pelicans ou os Minnesota Timberwolves. O grande problema de base continua a ser o afastamento entre a ideia de jogo de Mike D’Antoni e os jogadores que tem ao seu dispor. Mais um verão, e os Lakers não se revelaram capazes de o solucionar. Assim sendo, a equipa não tem propriamente um líder, acabando por ser Jodie Meeks, que começa a maioria das partidas no banco, a ser a sua maior arma ofensiva. Pau Gasol é utilizado, exclusivamente, como Poste, não se vendo Chris Kaman ou Jordan Hill com capacidade para dar muita qualidade à rotação, enquanto Steve Nash tem, agora, um bem maior tempo de recuperação entre partidas, levando a tornar-se incerta a sua utilização. Steve Blake ganha, com isso, ascendente na equipa, sendo o base mais produtivo dos amarelos de Los Angeles.
Os New Orleans Pelicans estão a fazer um bom início de temporada, bem ao nível daquilo que se esperava, olhando às limitações da equipa. Depois de perder as duas partidas inaugurais, para os Indiana Pacers e para os Orlando Magic, os Pelicans venceram os Charlotte Bobcats, os Memphis Grizzlies e os Los Angeles Lakers, perdendo duas vezes para os Phoenix Suns. Agora, viajam até Los Angeles para reencontrar a equipa de Mike D’Antoni. Com um dos seus melhores jogadores lesionado, Ryan Anderson, a equipa tem dependido quase exclusivamente de Anthony Davis no jogo interior. E aquilo que se pode dizer é que Davis tem estado à altura. Para além de ser a mais forte arma ofensiva da equipa, Davis é ainda o melhor ressaltador e um dos grandes defensores de aro da Liga, com uma média de 3.9 bloqueios de lançamento por jogo. Jason Smith surge como um Poste adaptado e Greg Stiemsma é o interior da rotação, mas com a chegada de Andersen, que se adivinha para breve, os Pelicans ficarão fortíssimos perto do aro. No jogo exterior, a equipa tem aproveitado muito bem a qualidade da dupla formada por Jrue Holiday e Eric Gordon, com Tyreke Evans e Anthony Morrow a serem capazes de garantir uma rotação elevada em ambas as posições. Ainda que a profundidade do plantel não vá muito além destes jogadores, – questão ainda sem resposta: Al-Farouq Aminu é um bom ou mau jogador -, Monty Williams tem sabido explorar bem a matéria-prima disponível, sendo provável que depois de Ryan Andersen a equipa acabe, no final da temporada, por ficar bem posicionada para sacar uma boa opção no Draft. Mesmo assim, será de esperar bastante luta dos Pelicans durante esta época, acabando por ser um osso duro de roer para qualquer adversário.
Em Los Angeles, depois da derrota dos Lakers frente aos T’Wolves, ninguém esperará mais uma derrota. Mike D’Antoni e os seus jogadores deverão encontrar a melhor forma de se organizarem para vencer mais partidas, sendo esse, no final das contas, o objetivo que precisa de ser cumprido. Ver a equipa a jogar bem é, para já, uma guerra mais do que perdida.
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