A mais prestigiada competição de futebol europeia começa já na próxima terça-feira, com o Benfica a ser a única equipa portuguesa a jogar. Já o Sporting e FC Porto actuam na quarta-feira. Aqui, podemos analisar o Grupo G onde os Dragões estão inseridos, tendo que fazer frente a equipas como o Club Brugge, Leicester City e FC Copenhaga, de modo a conseguir um dos dois primeiros lugares e seguir até aos oitavos de final.
Club Brugge
Antigo guarda-redes do Benfica volta a Portugal, desta vez, como treinador.
Depois de 11 anos ausente, o Club Brugge está de volta a uma Fase de Grupo da mais prestigiada competição de futebol da Europa. Tendo-se sagrado campeão do campeonato belga na última temporada, esta equipa teve acesso directo à Fase de Grupos, onde esperam voltar a dar que falar. Sob os comandos de Michel Preud’homme, este clube tanto actua em 4-4-2 como em 4-3-3, chegando mesmo a mudar de uma para a outra durante o jogo. Foram a equipa com o melhor ataque no campeonato caseiro da época transacta, com 64 golos em 30 jogos, e a segunda melhor defesa, com 30 golos sofridos.
Agora sem Victor Vazquez no meio-campo, continuam-se a destacar o veterano capitão Timmy Simons, de 39 anos, que joga mesmo à frente dos centrais na posição de médio defensivo, corre pouco, mas traz uma tremenda experiência ao meio-campo e sabe o que é preciso para a equipa. Rafaelov e Vanaken são duas outras talentosas forças criativas da equipa belga, sendo estes 3 os homens mais importantes da equipa do Club Brugge. Uma das principais características do conjunto belga é nunca deixarem de lutar. Os pupilos de Michel Preud’homme jogam com tudo desde o 1º ao último minuto de jogo.
FC Copenhaga
Esta é a 4ª vez em toda a história do clube que alcançam uma Fase de Grupos, tendo chegado aos oitavos de final apenas uma vez, na temporada 2010/11, acabando por ser eliminado pelo Chelsea. Tendo vencido o principal escalão de futebol dinamarquês na última temporada, o Copenhaga qualificou-se para a 2ª pré-eliminatória da fase de qualificação, batendo o Crusaders, e vencendo ainda o Astra Giurgiu e o APOEL, na 3ª pré-eliminatória e no play-off, respectivamente. Esta é uma equipa que tendo a actuar muito melhor em casa do que fora de portas, tendo conseguido fazer frente a equipas como Manchester United, Barcelona e Juventus em edições anteriores da prova.
Nos 10 jogos que disputou em casa, o Copenhaga venceu 5, empatou 3 e perdeu apenas 2, marcando 11 golos e concedendo 8 no processo. Já fora de casa a história é outra, apresentando apenas 1 vitória e 1 empate nos 10 encontros que discutiu em terreno hostil na competição, perdendo os 8 restantes, com parciais de 5 golos marcados e 20 golos sofridos. Sem jogadores muito conhecidos, esta é a equipa que menos medo mete aos conjuntos deste agrupamento.
Leicester City
Vardy e Mahrez, perigo em movimento.
Vencedor da Premier League pela primeira vez em toda a sua história, o Leicester City chega também pela primeira vez desde sempre a uma Fase de Grupos da Liga dos Campeões. Sob as ordens de Claudio Ranieri, este conjunto apresenta uma característica intrigante, visto que se sagrou campeão inglês a ser a 3ª equipa com menos posse de bola do campeonato inglês, só o Sunderland e o West Bromwich tiveram menos posse. Isto, deve-se ao estilo de jogo que o técnico italiano pretende, colocando ênfase em passar mas para a frente, de modo a desequilibrar a defesa adversária, em vez de fazerem passes seguros, para o lado ou para trás. Para além de serem brilhantes em contra-ataques, graças à velocidade de Vardy e de Mahrez que saem da defesa para o ataque num piscar de olhos, o Leicester City também utiliza um enorme jogo de pressão alta, o que lhes permite ganhar bolas em zonas avançados do terreno.
O ponta de lança Jamie Vardy é perigoso não só pela sua finalização mas também pela sua velocidade, resistência, e perseguição aos defesas centrais e laterais, que muitas vezes acabam por perder as bolas graças à sua pressão, sendo visto como a primeira linha da defesa do Leicester City. Mahrez é outro jogador muito perigoso, bastante rápido e de grande qualidade técnica, foi já visto por mais que uma vez a fintar vários jogadores seguidos e a finalizar ou, simplesmente, a colocar a bola para o lado para outro colega finalizar.
FC Porto
Os Dragões mostraram que não estão para brincadeiras no dia em que incendiaram o Coliseu, contra a Roma.
Uma presença já habitual nesta tão prestigiada competição europeia, tendo vencido a prova pela última vez em 2003/04. Depois de uma temporada para esquecer, os Dragões aparecem este ano em força no campeonato português, agora orientados por Nuno Espírito Santo, ex-treinador do Valencia, contando com um plantel forte, bem organizado e composto por grandes jogadores. O técnico português aposta num 4-3-3 ofensivo, aproveitando as características ofensivas dos seus jogadores e com o objectivo de procurar sempre o golo.
Saber defender, avançar no terreno com critério e posse, e jogar descomplexado foram factores muito importantes na vitória sobre a AS Roma, no Stadio Olimpico, que lhes valeu a presença neste Grupo G. Com experiente Casillas na baliza, Felipe e Boly na defesa, Herrera, Oliver Torres e Danilo Pereira no meio-campo, e André Silva na frente de ataque, os Dragões contam com uma espinha-dorsal muito bem constituída e, apesar de enfrentarem 3 campeões dos respectivos países neste Grupo G, não deixam de ser fortes candidatos a chegarem aos oitavos de final.
Boas Apostas!
