Maratona é o termo que melhor define o segundo escalão português.

Com representantes de quase todas as regiões do país – de Chaves a Faro, sem esquecer Açores e Madeira -, 24 equipas compõem o quadro competitivo de uma prova naturalmente disputada a 46 jornadas.

Considerando também as participações nas Taças, é facilmente percetível que o percurso de uma equipa do segundo escalão luso é árduo, repleto de obstáculos mas, simultaneamente, desafiante. O desgaste e até a homogeneidade qualitativa entre as equipas – não há grandes discrepâncias salvo algumas exceções – tornam aliciante uma prova em que a emoção é palavra de ordem e à qual o regresso das equipas B, diga-se a bem da verdade, veio dar maior mediatismo e arrastar um maior volume de adeptos para os estádios.

Agora, e à semelhança do que acontece no principal escalão, encontramo-nos a duas jornadas do termo da competição e a luta pela subida está ao rubro. Este fim-de-semana, na manhã de domingo, Ribeira Brava, Tondela e Covilhã serão locais de decisão, com o apito inicial dos respetivos encontros agendado para as 11:15h da manhã.

A Recta Final

Debrucemo-nos, então, sobre a realidade da classificação quando estamos a duas jornadas do fim da competição…

O Tondela lidera a prova, com 79 pontos, sendo certo que já guardou uma vantagem mais confortável. Em função das derrotas diante de Desportivo das Aves e Olhanense, vê agora de bem perto o Grupo Desportivo de Chaves e o Sporting Clube da Covilhã, mais concretamente a três e a cinco pontos de distância.

Inferimos, portanto, que nem sequer as contas do título estão seladas, sobretudo se tivermos em consideração que este domingo se disputa o Tondela x Desportivo de Chaves. Na primeira volta, em Trás-os-Montes, registou-se um empate a uma bola entre as formações que, neste momento, ocupam os dois primeiros lugares da pauta classificativa.

Desportivo de Chaves

1ª (Tondela) e 2º (Chaves) classificados, protagonizam o jogo da subida na Liga 2, com Covilhã, União e Feirense à espreita

O encontro terá honras de transmissão na SportTV e é dado adquirido que as bancadas do Estádio João Cardoso estarão cheias. Aliás, a questão da bilhética suscitou, ao longo da semana, uma troca de galhardetes entre dirigentes de ambos os clubes, com os flavienses a acusarem os durienses de faltarem à palavra e, depois de terem prometido um número superior à lotação mínima obrigatória, só cederem 150 ingressos. De qualquer das formas, certo é que as cores transmontanas estarão representadas em grande volume, à imagem daquilo que tem sucedido em todas as deslocações do clube.

Atentos ao desfecho do duelo (e a atuarem à mesma hora) estarão Sporting Clube da Covilhã e União da Madeira. No centro do país, os leões da serra tentarão manter o registo caseiro e bater os algarvios do Farense para prosseguirem com o chip virado para a subida.

Na Madeira, o União recebe o representante do outro arquipélago, o Santa Clara, sendo que na última jornada os unionistas bateram os covilhanenses, em casa, ao lograrem um triunfo por 2-1, e ainda almejam surgir como terceiro representante madeirense no escalão principal.

Em Santa Maria da Feira, subsiste ainda uma (muitíssimo) ténue réstia de esperança em fim-de-semana marcado pela receção ao Oriental.

À cabeça da prova, o Tondela ambiciona a primeira subida da história ao principal escalão e tem dois duros testes nas rondas que restam: além do já mencionado duelo com o Desportivo de Chaves, na última jornada da prova terá uma exigente deslocação a Freamunde, oitavo classificado, que também chegou a intrometer-se na luta pela ascensão.

É, portanto, uma ponta final repleta de emoção e incerteza, duas grandes bandeiras do segundo escalão.

Os ses são, por esta altura, muitos mais que as certezas, pelo que o Futebol Premier aconselha vivamente o adepto a estar atento ao desenrolar dos acontecimentos na manhã deste domingo.

Boas Apostas!