A Libertadores 2016 chegou ao fim. Coletivamente, o Atlético Nacional ascendeu ao trono do futebol sul-americano ao derrotar o Independiente del Valle na decisão. Colombianos e venezuelanos defrontaram-se numa final inédita, que pôs fim a um período de 25 anos em que argentinos e/ou brasileiros marcaram sempre presença no duplo compromisso decisivo. A prova de clubes mais importante do continente sul-americano é uma autêntica “montra” para atletas que ambicionam demonstrar as suas qualidades a emblemas do futebol europeu. Os 11 atletas que nos merecem destaque estiveram todos envolvidos na disputa das meias-finais da competição.
GR: Librado Azcona (Independiente del Valle)
Librado Azcona foi um dos pilares do Independiente del Valle no admirável percurso trilhado pelo conjunto equatoriano. Olhando apenas aos números, Franco Armani (Atlético Nacional) levaria a melhor, mas a preponderância do experiente guarda-redes da formação equatoriana é merecedora de destaque. Se o Independiente del Valle “sobreviveu” ao Monumental Nuñez e à Bombonera, Azcona tem muita responsabilidade nesse aspecto. Frente aos mexicanos do Pumas, na decisão através das grandes penalidades, foi decisivo ao defender um dos remates.
LD: Daniel Bocanegra (Atlético Nacional)
A regularidade do lateral-direito Daniel Bocanegra legitima a apresenta neste 11 ideal da Libertadores 2016. Foi totalista em 12 dos 14 jogos disputados pelo Atlético Nacional ao longo da prova, contribuindo com dois golos e uma assistência ainda na fase de grupos. O internacional colombiano dominou o flanco direito, envolvendo-se com qualidade em momento ofensivo e prestando um apoio importante a construir.
DC: Arturo Mina (Independiente del Valle)
O equatoriano Arturo Mina foi uma das grandes sensações da competição. Totalista na fase a eliminar, assumiu-se como o principal rosto da combatividade equatoriana e não tremeu quando a equipa mais precisou do seu contributo. Além do contributo em termos defensivos no duelo, foi o autor do golo que estabeleceu o empate na primeira mão da final, frente ao Atlético Nacional.
DC: Davinson Sánchez (Atlético Nacional)
Fazer dupla com Alexis Henríquez no eixo defensivo foi uma grande ajuda para Davinson Sánchez, mas isso não tira mérito ao jovem que foi titular indiscutível durante toda a prova. O Ajax reconheceu-lhe talento e garantiu os seus serviços para a próxima época, depois de muito se ter falado na possibilidade de rumar ao Barcelona.
LE: Frank Fabra (Boca Juniors)
Frank Fabra esteve na edição centenária da Copa América aos serviço da seleção colombiana. No Boca Juniors de Guillermo Barros Schelotto foi peça importante, marcando dois golos na Libertadores. Na eliminação diante do Independiente del Valle, foi um dos rostos do inconformismo argentino ao rubricar duas assistências para golo na Bombonera.
MC: Sebastián Pérez (Atlético Nacional)
Falhou o encontro da consagração por acumulação de amarelos, mas foi um elemento nuclear ao longo de toda a campanha do Atlético Nacional na Libertadores 2016. O interior que desempenhou funções de “8” no meio-campo ofereceu a solução ideal para a proposta de jogo de Reinaldo Rueda, acrescentando qualidade em construção e capacidade de transporte.
MC: Junior Sornoza (Independiente del Valle)
A boa prestação na Libertadores valeu-lhe um contrato com o Fluminense, clube que passará a representar a partir de janeiro. Foi uma das principais figuras do Independiente del Valle, destacando-se pela versatilidade ao atuar tanto pelo centro do terreno como descaído sobre uma das alas. Atleta com “faro goleador”, demonstrou especial apetência no capítulo das bolas paradas.
MC: Alejandro Guerra (Atlético Nacional)
O primeiro venezuelano a conquistar a Libertadores chegou tarde à alta roda do futebol da América do Sul, uma vez que foi recrutado por Juan Carlos Osorio para o Atlético Nacional aos 29 anos. Fulcral na conquista do conjunto colombiano, Guerra é provavelmente o médio mais influente no esquema da equipa pelo modo como se envolve em todos os momentos de jogo.
AV: Marlos Moreno (Atlético Nacional)
Aos 19 anos, Marlos Moreno foi um dos principais rostos do sucesso do Atlético Nacional. O talento do jogador colombiano não passou em claro a Pep Guardiola, uma vez que o Manchester City se antecipou à concorrência e garantiu os seus serviços. Já é internacional colombiano e o nível técnico que alia à capacidade física permitem-nos perceber que estamos perante um dos jogadores mais talentosos da América do Sul.
AV: José Angulo (Independiente del Valle)
Decidir entre Miguel Ángel Borja e José Angulo não foi fácil. Sem descurar a importância de Borja no título conquistado pelo Atlético Nacional, o jovem equatoriano José Angulo merece-nos destaque por ter participado em todos os jogos do Independiente na Libertadores, com seis golos marcados e uma assistência.
AV: Jonathan Calleri (São Paulo)
É o “intruso” nestas lides. Jonathan Calleri, argentino que esteve ao serviço do São Paulo, é o único que integra o 11 ideal e não pertence a nenhuma das duas equipas finalistas. Com nove golos, foi o “artilheiro” da Libertadores e prepara-se para dar o “salto” para o futebol europeu, sendo que na próxima época apresentar-se-á em Londres para representar o West Ham.