A etapa de preparação da seleção mexicana ficou marcada por uma grande polémica. Os jogadores de “La Tri” terão participado numa festa privada que alegadamente contou com a presença de 30 acompanhantes de luxo. A situação não caiu nada bem junto dos responsáveis da Federação nem do povo mexicano, mas os jogadores não foram punidos. A pressão, essa sim, aumentou de forma significativa.
A seleção mexicana é presença assídua em fases finais de campeonatos do mundo, ou não estivéssemos a falar da força maior da zona CONCACAF. O objetivo de “La Tri” passa por repercutir o sucesso que tem obtido em termos internos para outros contextos, tanto na Copa América como no Mundial.
Há condições para avançar
A equipa mexicana não tem razões para se queixar do sorteio. A sorte agrupou-a com Alemanha, Coreia do Sul e Suécia. Se, por um lado, terá que defrontar a seleção campeã do mundo, por outro, o México entra com estatuto de favorito nos encontros diante de asiáticos e europeus.
O calendário ditou um confronto com a seleção alemã logo na estreia e apenas por aí poderia ter melhor fortuna. Numa altura em que a equipa está (ainda mais) pressionada em função da polémica na etapa de preparação, acresce a necessidade de ganhar crédito nas rondas inaugurais, um pouco à imagem do que aconteceu a com a seleção russa.
O caso russo
Descredibilizada na sequência de oito derrotas consecutivas e opções questionáveis que resultaram inclusive na exclusão de Denisov, a seleção russa estreava-se na condição de anfitriã sob grandes duvidas por parte do seu povo, altamente nacionalista por tradição mas muito pouco confiante nas virtudes da equipa de Cherchesov.
Em 90 minutos, tudo mudou. A seleção russa bateu a congénere da Arábia Saudita por cinco bolas a zero, o povo soviético rejubilou e Putin, na tribuna, assistiu ao triunfo com um sorriso rasgado. A confiança na seleção russa está recuperada e poucos serão os que se recordarão que do outro lado estava aquela que é provavelmente a equipa mais vulnerável da competição.
A seleção mexicana também precisa de uma vitória convincente para “sacudir a pressão” que aumentou em virtude de toda a polémica suscitada pela festa organizada antes da viagem para a Rússia.
Juan Carlos Osorio na “corda bamba”
Quem assume o posto de seleccionador mexicano, sabe que se prepara para “caminhar sobre brasas”. As expectativas estão (quase) sempre nos píncaros e, não raras vezes, irrealistas. A Juan Carlos Osorio foi perdoado o histórico desaire por sete bolas a zero frente à congénere do Chile na edição Centenária da Copa América, mas também sobre si se abate uma enorme pressão à entrada para a fase final deste Mundial 2018.
Boas Apostas!