Kevin Durant regressou à ação na passada terça-feira, permitindo assim que os Oklahoma City Thunder voltem a apresentar todos os seus principais jogadores. No entanto, no dia do regresso, os Thunder enfrentaram os New Orleans Pelicans que contaram, para além do habitual Anthony Davis, com exibições fantásticas de Tyreke Evans e Ryan Anderson. Resultado? A décima-terceira derrota para o conjunto de Oklahoma, que começa a entrar num caminho bem apertado para o sucesso. Com a margem de erro a ficar reduzida, os Thunder começam a analisar bem todas as probabilidades que têm pela frente.
Seguir o caminho do bem
Nunca uma equipa com Russell Westbrook e Kevin Durant poderá fazer tanking. Porquê? Primeiro, porque com estes dois elementos em campo, qualquer resultado é imprevisível, não havendo para a dupla grandes diferenças entre jogar em casa ou fora. Em segundo lugar, e talvez mais importante ainda, Westbrook e Durant não sabem como perder. No seu ADN e na sua personalidade, ganhar está inscrito tão profundamente, que nenhum destes jogadores saberia como fazer para alimentar uma espécie de ano sabático nas suas carreiras. Finalmente, em terceiro lugar, aos Thunder bastará atingir o oitavo lugar para entrar no Playoff como um conjunto que ninguém quererá defrontar. Já imaginaram, numa primeira ronda, apanhar com Westbrook e Durant em plena forma? Ora aí está. Daí que o importante para Scott Brooks será mesmo seguir o caminho do bem. Encontrar rapidamente a forma de colocar a equipa a ganhar e esperar que as treze derrotas somadas até aqui não sejam demasiadas.
Quem pode ajudar?
Durante a ausência de Kevin Durant e Russell Westbrook, Reggie Jackson tomou conta da equipa, tornando-se no seu melhor marcador e também liderando nas assistências. Para o acompanhar, teve em Jeremy Lamb e Anthony Morrow elementos esforçados, enquanto Lance Thomas foi talvez o elemento que mais sofreu com o aumento dos minutos passados em campo. Com o regresso das duas estrelas da equipa, Scott Brooks ensaia a melhor forma de lidar com o seu plantel. A primeira opção passou por devolver Reggie Jackson ao banco, oferecendo a condução do jogo a Westbrook e mantendo Andre Roberson em campo, como uma espécie de sucessor de Sefalosha, um elemento que Brooks sempre valorizou muito. Durant alivia bastante a pressão sobre os restantes elementos da equipa, a nível ofensivos, enquanto Serge Ibaka, que tem sido, desde o início da temporada, o Ibaka do costume, conta agora com um poste que é muito mais colaborador do que o anterior. Steven Adams conquistou espaço no cinco inicial e Kendrick Perkins utiliza agora os seus minutos em momentos de rotação.
Para começar, desde já, a ganhar jogos, talvez os Thunder precisassem de mais peso debaixo do cesto, mas como em temporadas anteriores, a opção deverá continuar a passar pelas armas ofensivas que atacam do exterior da linha. Sem ter grande potencial para trabalhar trocas de jogadores – o valor que os Thunder tiveram foi sendo desfeito em Agentes Livres ao longo dos anos – Scott Brooks tem que explorar até à última gota o seu plantel. Uma coisa as lesões de Durant e Westbrook já fizeram: aliviaram a pressão de ter que estar no topo da Conferência Oeste. Mas mesmo com um calendário muito apertado para regressar ao oitavo lugar, a verdade é que poucos compreenderiam se esta equipa não atingisse os playoffs.