Kei Nishikori – Roger Federer (Wimbledon 2019)
Kei Nishikori
Aos 37 anos, Roger Federer continua a demonstrar que é “como o vinho do Porto”. O tenista suíço está em grande forma e depois de ter superado uma das sensações da temporada de relva sem grandes dificuldades, chegou a hora de medir forças com Kei Nishikori, japonês que tem estado bem no All England Club.
Kei Nishikori está a atravessar um bom momento de forma. Foi preciso esperar pelo quarto jogo disputado disputado nos courts londrinos para que assistir ao primeiro set perdido pelo japonês de 29 anos que ocupa o 7º lugar do ranking ATP. No entanto, a façanha de pouco serviu ao cazaque Mikhail Kukushkin, derrotado por 3-1 (6-3, 3-6, 6-3 e 6-4) em 2 horas e 45 minutos de jogo. Antes do embate com Kukushkin, Nishikori “despachou” o brasileiro Tiago Monteiro (6-4, 7-6, 6-4), o jogador “da casa” Cameron Norrie (6-4, 6-4, 6-0) com destaque para a prestação arrasadora no terceiro set e o norte-americano Steve Johnson (6-4, 6-3, 6-2). Em 2018, Nishikori ficou-se precisamente pelos quartos de final, etapa em que perdeu com Novak Djokovic – que se viria a sagrar campeão – por 3-1.
Não se pode dizer que Nishikori esteja talhado para um determinado estilo de piso. A sua adaptabilidade é provavelmente uma das suas grandes valias. Não estamos a falar de um grande servidor, algo que sobretudo em relva pode fazer toda a diferença. Rápido a reagir, Nishikori carece de consistência em alguns momentos do jogo e isso, frente a jogadores com a categoria de Roger Federer, pode ser fatal.
Roger Federer
Federer para a história. A um mês de completar 38 primaveras, o jogador suíço bateu Matteo Berrettini para assegurar um lugar nots quartos de final de Wimbledon e igualou o máximo de Jimmy Connors relativamente ao número de vitórias em relva: 185. Frente a Nishikori, Federer pode também outro número simbólico: se derrotar o japonês, vai alcançar a vitória número 100 no Grand Slam que já conquistou em oito ocasiões.
No encontro dos oitavos de final com o transalpino Matteo Berrettini, uma das grandes sensações da temporada de relva, Federer não deu hipótese. Diante do jogador que triunfou em Stuttgart e chegou às “meias” em Halle, Federer precisou apenas de 1h15 para vencer por três a zero (6-1, 6-2, 6-2). Nos quatro jogos já disputados na atual edição do torneio de Wimbledon, Federer só cedeu um set, curiosamente o primeiro que disputou no torneio, diante do sul-africano George Harris. Na segunda partida bateu Jay Clarke, jogador “casa”, pelos parciais de 6-1, 7-6 e 6-2 e antes do último encontro também se “desfez” de Lucas Pouille em três sets (87-5, 6-2, 7-6).
Importa lembrar que Federer chega a Wimbledon depois de duas finais consecutivas e com sortes diferentes. Em Roland Garros, na terra batida, perdeu com Nadal por 3-0. Já na relva de Halle, levou a melhor diante do belga David Goffin (7-6, 6-1).
Duelo
Roger Federer está em grande forma e impressionou diante de Berrettini. O favoritismo está todo do lado do suíço e a possibilidade de Nishikori alcançar algo de positivo aqui parece-nos remota. Ainda assim, o japonês, com o seu singular jogo de pés, poderá muito bem ser o adversário a criar mais dificuldades a Federer até então.