Juan Martin del Potro – Stan Wawrinka (US Open)
Um dos duelos mais esperados dos quartos de final do Open dos Estados Unidos. O renascimento de Del Potro vai de vento em popa. O argentino, que recebeu um wild-card para jogar o Major que venceu em 2009, continua em estado de graça e chega pela primeira vez desde 2013 a esta fase de um torneio do Grand Slam. Mas o próximo obstáculo pode ser complicado. Stan Wawrinka alcança os quartos pelo quarto ano consecutivo, ainda que com alguns altos e baixos no percurso. O título do US Open é um dos que falta ao palmarés do suíço, que gosta de correr por fora.
A organização do Open dos Estados Unidos resolveu atribuir um wild-card a Juan Martin del Potro depois da extraordinária campanha que fez nos Jogos Olímpicos do Brasil. O argentino, que praticamente não jogou durante dois anos e praticamente foi dado como acabado para o ténis ao mais alto nível surpreendeu tudo e todos ao revalidar a Medalha de Prata no Rio de Janeiro. Começou por chocar ao eliminar Novak Djokovic na ronda inaugural (7-6, 7-6) e a partir daí cada encontro era uma espécie de milagre que assistíamos em direto. João Sousa (6-3, 1-6, 6-3) e Rafael Nadal (5-7, 6-4, 7-6) foram também vítimas da caminhada do gigante de Tandil até ao jogo do título, que Andy Murray (7-5, 4-6, 6-2, 7-5) reclamou.
Foi uma decisão inteligente dos responsáveis do Major Americano. Del Potro é muito acarinhado pelo público norte-americano, que não esquece as adversidades por que passou o campeão de 2009. Antes de Murray se tornar imiscuir na liderança a três de Federer, Nadal e Djokovic o argentino parecia fadado a fazê-lo. Há sete anos brilhou ao roubar o título a Roger Federer (3-6, 7-6, 4-6, 7-6, 6-2), depois de ter eliminado Rafa Nadal na semifinal. No entanto, Juan Martin del Potro não voltaria a ter sucesso numa prova do Grand Slam. As lesões começaram a incomodar, primeiro de um pulso e depois ambos. Desde 2013, em Wimbledon, que o argentino não chega a uns quartos de final de um Major.
Del Potro começou por afastar o compatriota Schwartzman (6-4, 6-4, 7-6), a que se seguiram Steve Johnson (7-6, 6-3, 6-2) e David Ferrer (7-6, 6-2, 6-3). Nos oitavos de final teve beneficiou da desistência de Dominic Thiem, com problemas no joelho, mas já então o número cento e quarenta e dois do ranking estava no comando (6-3, 3-2). A direita está cada vez mais próxima da arma demolidora que lhe conhecemos nos melhores momentos e o jogo de rede continua a valer pontos valiosos.
Stan Wawrinka carimbou a passagem aos quartos de final do Open dos Estados Unidos pelo quarto ano consecutivo. Foi semifinalista em 2013 – perdeu com Djokovic (2-6, 7-6, 3-6, 6-3, 6-4) – e na época passada – afastado pelo compatriota Roger Federer (6-4, 6-3, 6-1) – e conhecendo o suíço ele está de olho em mais um título do Grand Slam. Wawrinka não está a ter um percurso imaculado. No sábado, na terceira-ronda, passou por apuros diante do britânico Daniel Evans (64º) e teve mesmo que salvar um match-point (4-6, 6-3, 6-7, 7-6, 6-2). Nos oitavos de final ganhou os dois primeiros parciais mas permitiu que Marchenko reclamasse o terceiro para si e ainda sofreu um break logo a abrir o quarto set. Felizmente para o número três mundial, as pilhas do ucraniano esgotaram aí (6-4, 6-1, 6-7, 6-3).
Wimbledon | Del Potro | 3 | 3 | 6 | 7 | 6 | 2R |
Wawrinka | 1 | 6 | 3 | 6 | 3 | ||
Portugal Open | Del Potro | 2 | 7 | 6 | SF | ||
Wawrinka | 0 | 6 | 4 | ||||
Masters de Madrid | Del Potro | 2 | 4 | 6 | 6 | R16 | |
Wawrinka | 1 | 6 | 4 | 4 |
Del Potro venceu os últimos quatro confrontos com Stan Wawrinka, o mais recente dos quais aconteceu já este ano, na segunda ronda de Wimbledon (3-6, 6-3, 7-6, 6-3).