Juan Martin Del Potro – Novak Djokovic (ATP Masters Roma)
Foi um Novak Djokovic diferente o que esta quinta-feira se apurou para os quartos de final do Masters de Roma. Frente a Bautista Agut o sérvio mostrou atitude e garra como há muito não lhe víamos em court. Agora enfrenta o argentino Del Potro, que eliminou Kei Nishikori. O vencedor deste duelo pode apanhar Nadal na meia-final.
Com os pais a assistir na bancada do Foro Italico, Novak Djokovic carimbou a passagem aos quartos de final do Masters 1000 de Roma, batendo Roberto Bautista Agut por duplo 6-4. O sérvio, que entrou um pouco tenso na partida, foi-se soltando e ganhando confiança. Pouco mais de cem minutos, foi o que o número dois mundial necessitou para superar o adversário espanhol do top-20. Bautista sofreu o primeiro break do encontro no sétimo jogo do primeiro set (3-4) mas esteve muito perto de fazer o contrabreak no seguinte. Djokovic conseguiu anular a tentativa de quebra do saque e empurrou o jogo para as vantagens, acabando por vencê-lo. Foi a diferença que decidiu o primeiro parcial. No segundo o espanhol voltou a ceder o serviço, mais cedo até, a 2-1, mas quando teve oportunidade para nivelar o marcador não a deixou escapar (3-3). No entanto, a 4-4 o tenista sérvio dispôs de quatro break points – o que mesmo não sendo a mesma máquina demolidora de há um ano é tentar demasiado a sorte – e conseguiu recolocar-se na frente do set e na posição de servir para fechar o encontro.
Novak Djokovic foi finalista vencido em 2016 e nos dois anos anteriores tinha conquistado o terceiro e quarto títulos no Internazionali BNL d’Italia. O ano está a ser de reflexão para o sérvio, que procura recuperar a confiança e foco que lhe deram tantas semanas consecutivas no topo do ranking ATP e fizeram dele, para muitos, o melhor tenista do circuito profissional.
Em Monte Carlo Djokovic caiu nos quartos de final, às mãos de David Goffin (6-2, 3-6, 7-5) e em Madrid avançou até à meia-final, quando se bateu com Rafael Nadal (6-2, 6-4). O duelo com o espanhol pode voltar a repetir-se na semifinal de Roma, se ambos lá chegarem.
O encontro entre Juan Martin del Potro e Kei Nishikori (7-6, 6-3) cumpriu as expetativas. O gigante argentino apoiou-se fortemente no serviço para fazer a diferença. Quando o saque estava ao melhor nível conseguiu distanciar-se; quando lhe faltou um pouco de eficácia – a meio do primeiro set – deu oportunidade ao japonês para se aproximar. Del Potro não é um canhão de lançar bolas. Pelo menos não é só isso. Mas frente a um adversário que vai a todas como Nishikori, e que tem recursos muito variados, a bola de serviço, sobretudo o primeiro, desequilibra o suficiente para que o opositor fique quase sempre limitado a reagir, sem poder passar para o domínio dos pontos. Del Potro dispôs de um match point a 5-2, com Nishikori a servir, mas depois de uma longa troca de bolas o árbitro de cadeira chamou a bola fora. O momento passou mas no jogo seguinte, no saque, o argentino não deixou que a partida se prolongasse.
Nas rondas anteriores Del Potro afastou Grigor Dimitrov (3-6, 6-2, 6-3) e Kyle Edmund (7-5, 6-4).
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2017 | Masters de Indian Wells | Djokovic N. | 2 | 7 | 4 | 6 | 3R |
Del Potro J. | 1 | 5 | 6 | 1 | |||
2017 | Acapulco | Djokovic N. | 2 | 4 | 6 | 6 | R16 |
Del Potro J. | 1 | 6 | 4 | 4 | |||
2016 | J.O. Rio de Janeiro | Del Potro J. | 2 | 7 | 7 | 1R | |
Djokovic N. | 0 | 6 | 6 |
Novak Djokovic leva larga vantagem nos confrontos com Juan Martin del Potro: venceu treze dos vinte disputados. Nestes se incluem os dois desta temporada, em Indian Wells e Acapulco, ambos ganhos por 2-1. Mas o argentino levou a melhor nos Jogos Olímpicos do ano passado. Curiosamente, desde 2011 em Roland Garros que não se enfrentam em terra batida.