Varzim – FC Porto (Taça de Portugal)
Está aí a terceira eliminatória da Taça de Portugal, aquela em que entram os clubes da primeira divisão. Entre os três grandes o FC Porto tem a tarefa mais complicada. Viajar uns quilómetros para norte para enfrentar os poveiros. Espera-se uma noite de enchente no Estádio Municipal da Póvoa de Varzim e haverá muitos adeptos divididos nas bancadas. Aqui os dragões estão praticamente em casa. André André regressa ao clube onde se formou e Lopetegui tem que improvisar no setor defensivo, já a pensar nos jogos que se seguem.
A Póvoa é quase uma extensão do Porto e portanto haverá muitos adeptos divididos nas bancadas. Mas sendo uma terra de gente orgulhosa, a maioria, pelo menos no sábado, vai deixar o azul e branco em casa e envergar as cores do Varzim. O Varzim milita na Segunda Liga e neste momento está no décimo sexto lugar, com apenas treze pontos em dez jornadas. As coisas não estão muito famosas para a equipa orientada pelo antigo defesa do Vitória de Guimarães e Sporting, Quim Berto. Saiu derrotada nas duas últimas jornadas do campeonato, com o FC Porto B (4-0) e a Oliveirense (0-1), e foi eliminada na segunda fase da Taça CTT, pelo Arouca, embora tenha resistido até aos penáltis.
Os poveiros estão prontos para a luta. Sabem que vão encontrar uma equipa que, em teoria, tem obrigação de os bater com facilidade. Mas a diferença de estatuto não os intimida.
Onze Provável: Avelino – Caetano, Pedro Santos, Luís Neto, Telmo – Tito, André Carvalho – Salvador Agra, Terroso, Tiago Carneiro – Rafael Lopes.
Julen Lopetegui teve que preparar esta entrada na Taça de Portugal sem onze dos habituais titulares, espalhados pelo mundo ao serviço das respetivas seleções. Alguns, basicamente os sul-americanos, que foram obrigados a viagens mais longas, só hoje, sexta-feira regressam ao clube. Portanto estão descartados. E depois há as lesões no eixo da defesa e o calendário apertado. No espaço de uma semana o FC Porto tem o jogo da Taça na Póvoa, na quarta-feira recebe o Maccabi Tel Aviv no Dragão e no próximo fim de semana é a vez do Braga.
Maxi Pereira fica fora do jogo da Taça pela razão já invocada e não poderá jogar em Braga por castigo devido a acumulação de amarelos. O que significa que há um problema para preencher o lado direito da defesa para os três jogos. Mas há também baixas entre os centrais: Maicon ainda deve precisar de duas a três semanas de recuperação e Marcano continua a fazer só trabalho de ginásio. A lógica dita que se tente recuperá-lo para o encontro da Liga dos Campeões, não que o arrisquem numa eliminatória precoce da Taça. O treinador espanhol tem trabalha muito de perto com Bruno Martins Indi, que foi promovido, de repente, de suplente a patrão da defesa. O precedente diz-nos que é possível que Lopetegui faça recuar Danilo para a função de central. Com Layún incluído no contingente mexicano, que só chegou à última da hora, é provável que o jovem Lichnovsky tem a sua oportunidade no lado direito, com Cissokho ou José Ángel no lado esquerdo.
Não é certo que vá a jogo mas André, filho do outro, volta à casa onde cresceu e se formou.
Onze Provável: Casillas – Lichnovsky, Danilo, Martins Indi, Cissokho – André, Rúben Neves, Imbula – Bueno, Osvaldo, Tello.
| FC Porto | 7-0 | Varzim | Taça de Portugal 2002/03 |
| FC Porto | 4-0 | Varzim | Taça de Portugal 1996/97 |
| FC Porto | 1-0 | Varzim | Taça de Portugal 1984/85 |
| FC Porto | 5-1 | Varzim | Taça de Portugal 1967/68 |
| Varzim | 0-4 | FC Porto | Taça de Portugal 1967/68 |
| Varzim | 0-1 | FC Porto | Taça de Portugal 1965/66 |
Porto e Varzim já se cruzaram por seis vezes em encontros da Taça de Portugal, todos com vantagem para o clube do Dragão. A última foi em 2003, era José Mourinho o treinador dos azuis e brancos e Nuno Espírito Santo defendia a baliza portista.
