Uruguai – Venezuela (Copa América)

La Celeste enfrenta a seleção Vinotinto com a obrigatoriedade de vencer para se manter no apuramento. O Uruguai perdeu no encontro inaugural, com o México, numa partida durinha e que só ficou decidida nos últimos minutos. A Venezuela fez frente à Jamaica e reclamou os três pontos com um golo solitário de Josef Martínez, partilhando assim o topo do grupo C com os Mexicanos.

A estreia do Uruguai da Copa América Centenário foi para esquecer. Não tanto pelo resultado, já que perder com o México (3-1) era uma possibilidade, mas pela sucessão de incidentes. Primeiro, a organização da prova trocou o hino do Uruguai pelo do Chile, na abertura. Aos quatro minutos, quando as duas formações ainda se estavam a ambientar, Álvaro Pereira faz autogolo, desviando um centro de Andrés Guardado. Como se não bastasse, Matías Vecino viu o segundo amarelo mesmo em cima do intervalo e La Celeste apanhou-se em desvantagem no marcador e com um jogador a menos para a segunda parte.

Tudo ia de mal a pior, num encontro muito “rasgadinho”, como agora se costuma dizer. Heis senão quando, a meio do segundo período, também o México viu um jogador expulso, pela mesma duplicação de cartolinas e Diego Godín faz a igualdade. O Uruguai, que depois do abalo inicial e mesmo em desvantagem numérica não tinha deixado de tentar dar a volta ao encontro, foi recompensado. Mas a festa durou pouco. Nos últimos cinco minutos a equipa orientada por Óscar Tabárez, que acusava já o esforço físico e anímico necessário para nivelar o marcador, acabou por permitir dois golos aos mexicanos, que lhes valeram o triunfo. Para La Celeste a complicada situação de precisar de um triunfo para voltar à luta por um lugar na etapa seguinte da prova.

Vecino não é opção já que cumpre castigo pela expulsão.

Onze Provável: Muslera – Maxi Pereira, Giménez, Godín, Álvaro Pereira – Carlos Sanchéz, Álvaro González, Arévalo Rios, Rolán – Lodeiro, Cavani.

Ao fim da primeira jornada a Venezuela encontra-se no topo superior do Grupo C, isso já ninguém lhe tira. A vitória tangencial sobre a Jamaica (0-1) valeu os três pontos, os mesmos que conquistaram os Mexicanos, embora estes tenham vantagem na diferença de golos. Os Reggae Boyz entraram cheios de vontade e foi deles a primeira ocasião de perigo – um cabeceamento à trave de Je-Vaughn Watson – mas esse balanceamento ofensivo deixou espaço nas costas de que a seleção Vinotinto tirou máximo aproveitamento. À passagem do quarto de hora Josef Martínez finalizou e colocou a Venezuela em vantagem. Dez minutos mais tarde já a Jamaica estava a jogar com dez, após a expulsão de Rudy Austin, que viu um vermelho direto por falta feia sobre Tomás Rincón. A seleção de Dudamel foi eficaz a controlar o jogo e a posse de bola, de forma a reduzir ao máximo as oportunidades de golo dos jamaicanos. No processo, praticamente abdicou do esforço ofensivo.

Foi um resultado importantíssimo mas que ainda não coloca a Venezuela a salvo. Os venezuelanos sabem que nesta segunda jornada o México vai tentar fechar já a qualificação, frente aos jamaicanos, mas os uruguaios, que têm tantos pergaminhos na Copa América, também vão entrar com tudo para não ficarem descartados. Numa fase de grupos tão curta cada ronda é decisiva.

Onze Provável: Hernández – Rosales, Ángel, Vizcarrondo, Feltscher – Roncón, Figuera – Guerra, Martínez, Seijas – Rondón.

Venezuela	0-1	Uruguai	Mundial 2014 (Q)
Uruguai	1-1	Venezuela	Mundial 2014 (Q)

O histórico de confrontos é francamente desfavorável à Venezuela (4V/ 7E/ 24D) mas em tempos recentes esse desequilíbrio está menos pronunciado. O Uruguai venceu dois – os quartos de final da Copa América 2007 (1-4) e o último duelo, a contar para a qualificação do Mundial do Brasil (0-1). Pelo meio houve três igualdades, sempre com golos.