Ucrânia – Islândia (Mundial 2018)
A primeira jornada do grupo I (zona UEFA) de qualificação para o Mundial 2018 coloca frente a frente duas seleções que marcaram presença na fase final do Euro 2016. O estádio Olímpico de Kiev, na capital ucraniana, acolhe o encontro entre a seleção local e a Islândia, seleção que esteve em evidência no torneio disputado em França. O encontro será disputado à porta fechada, resultado de uma sanção aplicada pela FIFA na sequência dos insultos racistas num encontro da Ucrânia frente a San Marino, na fase de qualificação para o Mundial 2014.
A participação modesta na fase final do Euro 2016 pôs fim ao ciclo de Mykhailo Fomenko à frente da seleção da Ucrânia. A seleção de Leste foi a única que não conseguiu pontuar na fase final do torneio, corolário de uma prestação embaraçosa para uma seleção que poderia ter conseguido melhor num grupo onde também estavam Alemanha, Polónia e Irlanda do Norte. Após o falhanço em França, os responsáveis pelo futebol ucraniano resolveram promover ao cargo de seleccionador principal um autêntico embaixador do futebol daquele país: Andriy Shevchenko. Para já, a missão do novo técnico passa por reforçar a identidade coletiva de uma equipa com várias unidades interessantes do ponto de vista individual, promovendo uma renovação em alguns setores. O encontro com a Islândia assinala o primeiro dia desta “nova vida” para os ucranianos, uma vez que Shevchenko ainda não se estreou à frente da seleção – note-se, no entanto, que já pertencia à equipa técnica de Mykhailo Fomenko.
A Islândia é um adversário exigente para o primeiro teste desta seleção ucraniana. Num grupo onde também estão Croácia e Turquia, seleções candidatas ao apuramento, é muito importante para a Ucrânia entrar com uma vitória em casa frente a uma adversária direta.
Onze Provável: Pyatov; Fedetskiy, Rakitskiy, Kucher, Butko; Stepanenko, Rotan; Yarmolenko, Zinchenko, Konoplyanka; Zozulya
A participação surpreendente na fase final do Euro 2016 legitima a afirmação: Estamos perante a “geração de ouro” do futebol islandês. Em França, a seleção da Islândia venceu o grupo de Portugal, surpreendeu a Inglaterra nos oitavos-de-final e a acabou derrotada nos “quartos” frente à seleção da casa por cinco bolas a duas, situação que não diminui um percurso notável por parte de uma seleção que reforçou o seu estatuto no contexto europeu. Agora, o próximo grande objetivo dos homens comandados por Heimir Hallgrímsson é a qualificação para o Mundial 2018. A solidez do bloco islandês ficou à vista de todos no Europeu de França e o povo da ilha do norte da Europa ambiciona levar o “haka viking” até à Rússia, em 2018. A Islândia acredita que a dimensão física do seu setor recuado é suficiente para travar o virtuosismo dos dianteiros ucranianos.
Os islandeses começam esta fase de qualificação fora de portas, mas gozam de uma atenuante a esse nível: O encontro no Olímpico de Kiev será disputado à porta fechada.
Onze Provável: Halldorsson; Saevarsson, Arnason, R. Sigurdsson, Skulason; Gudmundsson, Gunnarsson, G. Sigurdsson, Bjarnason; Sigborsson, Bodvarsson
Ucrânia e Islândia mediram forças a título oficial em duas ocasiões, ambas na fase de qualificação para o Euro 2000, com uma vitória ucraniana (0-1) e um empate (1-1). A seleção ucraniana quer dar início a um novo ciclo com uma vitória, mas a Islândia já provou que tem argumentos suficientes para levar a melhor num encontro entre duas equipas que, embora com caraterísticas diferentes, estão num pedestal qualitativo próximo.
