Tomas Berdych – Victor Hanescu (ATP – Portugal Open)

Gastão Elias caiu diante de Hanescu e mais uma vez as meias-finais do Portugal Open fazem-se sem portugueses em prova. O número seis mundial, e primeiro cabeça-de-série, Tomas Berdich, fez o seu papel e marcou presença para a ronda seguinte. O mesmo não fez o segundo jogador mais cotado. Milos Raonic entrou mal no court e nunca conseguiu desenvolver o seu jogo. Carlos Berlocq terá agora pela frente Daniel Gimeno-Traver.

Esta sexta-feira, no Court Central, Tomas Berdych chegou a ver a vida mal parada. O ínicio de partida hesitante custou-lhe o primeiro set frente a Leonardo Mayer e precisou dos três parciais para afirmar o seu estatuto de favorito no torneio. Para vencer o argentino, o checo de vinte e oito anos teve que recuperar, mais do que uma vez, de um break de desvantagem.
Enquanto cabeça-de-série, Berdych ficou dispensado da primeira ronda do quadro principal. A estreia na edição deste ano do Open lisboeta fez-se diante do indiano Somdev Devvarman, 102º do ranking, tarefa que o jogador do Top 10 desempenhou sem qualquer dificuldade, por dois sets a zero (6-3, 6-2). Nos quartos-de-final, calhou-lhe o argentino Mayer, que tinha afastado o português Rui Machado da competição na etapa anterior. Nas meias, o tenista mais cotado vai ter pela frente o romeno Victor Hanescu, o carrasco do último português em prova, Gastão Elias.
Convidado pela organização à última hora, Berdych regressou ao Jamor nove anos depois para ocupar a vaga deixada em aberto pela desistência de Stanislas Wawrinka.
Este ano o tenista checo contabiliza vinte e uma vitórias e apenas cinco derrotas. Em Janeiro, para chegar às meias finais do Austrália Open teve que ultrapassar David Ferrer, nos quartos, tendo depois cedido perante Wawrinka por três sets a um (6-3, 6-7, 7-6, 7-6). Chegou depois a duas finais consecutivas. Conquistou o título em Roterdão (6-4, 6-2), frente a Marin Cilic e falhou o segundo no Dubai, que foi ganho por Roger Federer, por dois sets a um (3-6, 6-4, 6-3). Alcançou as semifinais do Masters 1000 de Miami, onde deveria defrontar Rafa Nadal, mas foi obrigado a retirar-se da competição por complicações gástricas. Mas antes disso teve prestações muito conseguidas frente ao nosso João Sousa (6-2, 6-4), John Isner (6-3, 7-5) e Aleksandr Dolgopolov (6-4, 7-6). Em Monte Carlo, a sua última participação antes de vir para Portugal, Tomas chegou aos oitavos-de-final, perdendo para o espanhol Guillermo Garcia-Lopez, por dois a um.

Victor Hanescu mostrou-se muito à vontade diante de Gastão Elias. Tanto que depois de um primeiro parcial bastante desequilibrado (6-1) quase foi surpreendido num segundo set em que vencia por 5-1. Depois das tardes memoráveis com que Gastão Elias presenteou o público do Jamor, o tenista português caiu diante de experiente romeno. Ele diz que não mas foi evidente o cansaço físico, fruto das jornadas duplas nas variantes de singulares e pares. Depois de o vermos bater Filippo Volandri (84º) e o quarto cabeça-de-série Guillermo Garcia-Lopez (39º), de forma categórica, é injusto mas sabe a pouco. O luso foi o terceiro adversário que Hanescu deitou abaixo na terra batida de Oeiras. Na primeira ronda a sorte coube a Radu Albot (3-6, 6-4, 6-4), a que se seguiu o espanhol Pablo Carreño-Busta, também em três parciais (6-3, 4-6, 6-3).

Tomas Berdich e Victor Hanescu só se defrontaram por um vez, em 2008, na segunda ronda do Grand Slam britânico. O resultado pendeu para o lado do checo, por três a um, com os parciais de 7-6, 7-6, 6-1 e 6-2. O sexto tenista do ranking é claramente favorito frente ao nonagésimo terceiro mas como desabafou o romeno, “O Tomas é um jogador muito bom, tem muita experiência e já jogou encontros muito bons mas poucos, em 2014, foram em terra batida. Será uma boa oportunidade para mim.”

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