Taiti – Nigéria (Taça das Confederações)
Depois de uma surpreendente vitória da Taça da Oceânia em 2012, o Taiti faz a sua estreia numa competição de nível mundial, bem acima daquelas que são as capacidades apresentadas pela maioria dos seus atletas, visto que apenas conta com um profissional entre os 23 atletas escolhidos. Essa estreia far-se-á frente à Nigéria, que apesar de promissores resultados na CAN 2013 e na face de acesso ao Mundial 2014, vive num clima de instabilidade devido a desacordos sobre prémios de jogo, só tendo chegado ontem a território brasileiro.
Isso não deverá significar uma maior esperança para o conjunto do Taiti. Apesar de se apresentar como campeão em título do seu continente, nem aí o selecionado da Polinésia Francesa pode afirmar-se como uma equipa que dispute regularmente os postos da frente. No entanto, em 2012, beneficiou de um sistema defensivo bastante generoso, encontrando em lances de bola parada, maioritariamente, espaços para marcar os seus golos. Mas pouco ou nada ligará aquilo que aconteceu em Honiara, nas Ilhas Salomão, há um ano atrás, e o que está para a acontecer no Brasil. Começando pelo nível dos adversários – o Taiti bateu as Ilhas Salomão e a Nova Caledónia nas meias-finais e final do Torneio -, pelo aspeto dos Estádios – em Honiara boa parte dos poucos milhares de espetadores espalhava-se por uma montanha ao lado do relvado -, e pela pressão mediática a que estão sujeitos neste momento. Reservaremos, assim, alguma atenção para Marama Vahirua, o único profissional do grupo, familiar do antigo internacional francês Pascal Vahirua, que estará, seguramente, muito isolado na frente de ataque. Na defesa, caberá a Vallar e Waggeman, dois centrais com passagem pela Europa, tentar manter o equilíbrio do seu conjunto, cujo objetivo na Taça das Confederações será perder pelo mínimo número de golos em cada partida.
Onze provável: Sammin – Faatiaru, Waggeman, Vallar, Lemaire – Caroine, Bourebar, J.Tehau – L. Tehau, M. Vahirua – A. Tehau
A Nigéria mostrou uma nova geração ganhadora ao Mundo na CAN 2013, com um conjunto de jogadores que se tem vindo a afirmar, também, na fase de qualificação para o Mundial, onde as Super Águias estão apenas a uma empate, em sua casa, de alcançar o playoff de acesso na Confederação Africana. Apesar de somar alguns empates nos derradeiros encontros, em casa com o Quénia e na Namíbia, venceu, pelo meio, em território queniano. Desportivamente, haveria muito a esperar do que este conjunto poderia fazer na Taça das Confederações, mas as notícias vindas a público na derradeira semana, colocaram em destaque os problemas internos de uma Federação que tem um longo historial de problemas com os seus jogadores devido à distribuição do prémio. A intervenção da FIFA parece ter resolvido a possível falta da Nigéria, mas tendo voado para o Brasil um dia antes do seu primeiro encontro, as dúvidas sobre aquilo que podemos esperar da seleção nigeriana são mais do que muitas. A nossa atenção estará na promissora dupla de centrais, constituída por Oboabona e Omeruo, que esperará ter pouco trabalho neste encontro. Obi Mikel voltará a ser o pêndulo da equipa, eventualmente com a companhia de John Ogu, devido à lesão de Onazi. Mba voltará a ter oportunidade de encantar como o criativo do meio-campo das Super Águias, com Ahmed Musa a procurar espaço para resolver, com golos, enquanto Ideye Brown deverá ser a peça mais fixa no meio dos centrais. Isto seria o esperado, em circunstâncias normais. Para bem do futebol, esperemos que isso mesmo se concretize.
Onze provável: Enyeama – Ambrose, Oboabona, Omeruo, Elderson – Obi Mikel, John Ogu – Oduamadi, Mba, Musa – Ideye Brown.
Naquele que será o primeiro encontro disputado entre as duas seleções, a Nigéria é a grande favorita à vitória, apesar de tudo. Enquanto os taitianos tentarão parar o encontro e colocar a bola o mais longe possível da sua área, a Nigéria tentará marcar cedo para poder recuperar, em competição, os objetivos que tinha antes de surgirem os problemas financeiros – dar uma boa imagem do futebol africano, lutando pela presença nas meias-finais.
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