Suécia – Estados Unidos (Mundial 2023)

O AAMI Park, em Melbourne, vai acolher aquele que poderá muito bem ser o duelo mais interessante dos “oitavos” deste Mundial 2023. A seleção sueca, terceira colocada do ranking da FIFA, mede forças com a congénere dos Estados Unidos, atual líder e campeã do mundo em título.

Análise Suécia

Seleção com tradição no futebol feminino, a Suécia viajou para a fase final deste Mundial 2023 com a bagagem carregada de ambição e… alguma cautela. As lesões sofridas por algumas das suas principais jogadoras nos meses que antecederam o Mundial, assim como a assunção de um potencial encontro com uma das duas finalistas da última edição nos “oitavos” foram os fatores que contribuíram para esse equilíbrio em termos de expetativa.

A realidade é que a fase de grupos correu de feição à Suécia, uma das três únicas seleções que alcançaram o “pleno” na primeira etapa. Sorteada juntamente com África do Sul, Itália e Argentina, a equipa do norte da Europa somou os três jogos por vitórias. O encontro de maior dificuldade foi mesmo ante a África do Sul, na jornada inaugural, já que as suecas só conseguiram vencer por duas bolas a uma com um tento apontado ao “cair do pano”. Seguiu-se uma goleada por expressivos 5-0 à seleção italiana e, na derradeira ronda, um triunfo por dois tentos sem resposta diante da Argentina, encontro em que as comandadas de Peter Gerhardsson demoraram 66 minutos a alcançar vantagem mas ao longo do qual estiveram sempre “por cima”.

Onze provável: Jennifer Falk, Magdalena Eriksson, Amanda Ilestedt, Anna Sandberg, Hanna Bennison, Stina Lennartsson, Caroline Seger, Madelen Janogy, Sofia Jakobsson, Rebecka Bomqvist, Olivia Schough

Análise Estados Unidos

A seleção dos Estados Unidos, campeã do mundo em título, cumpriu com os “mínimos olímpicos” ao garantir o apuramento para os “oitavos” deste Mundial 2023, mas o quadro não é propriamente positivo para a equipa norte-americana que na realidade tem sido bastante criticada. Para além das prestações modestas dentro das quatro linhas, o facto de algumas jogadoras se recusarem a cantar o hino nacional como forma de protesto por motivos sociais e políticos não tem caído bem junto da crítica norte-americana.

No que à componente desportiva diz respeito, é legítimo dizer que a prestação americana na primeira fase defraudou as expetativas. Após uma vitória por três bolas a zero frente ao Vietname, a seleção dos Estados Unidos empatou a um golo com os Países Baixos, levou a decisão do apuramento para a derradeira ronda e, no embate com Portugal, também não conseguiu mais que um empate sem golos, sendo que o choque esteve perto de acontecer quando, já para lá dos 90 minutos, Ana Capeta ganhou vantagem sobre a defesa adversária e atirou ao poste da baliza defendida por Alyssa Naeher.

As americanas asseguraram a continuidade no Mundial feminino, mas o selecionador norte-americano Vlatko Andonovski  está longe de ser o técnico mais satisfeito do mundo por esta altura. Se a seleção sob sua tutela não subir de produção em relação ao que fez na fase de grupos, correrá o sério risco de ser eliminada já nestes “oitavos”, até porque pela frente vai ter a competente seleção da Suécia.

Onze provável: Alyssa Naeher, Emily Fox, Naomi Girma, Julie Ertz, Crystal Dunn, Andi Sullivan, Lindsey Horan , Rose Lavelle, Lynn Williams, Sophia Smith, Alex Morgan

Dica de Prognóstico

O favoritismo no que concerne está do lado norte-americano, mas as prestações na fase de grupos, assim como o ambiente negativo e de desconfiança em volta da equipa retiram-nos alguma confiança. Por outro lado, a Suécia esteve em bom plano, dispõe de bons argumentos em termos individuais e de uma boa estrutura do ponto de vista coletivo e estamos em crer que surpresa seria assistirmos a uma discussão desequilibrada a favor das “Yankees”.

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