Suécia – Eslováquia (Euro 2020)
As seleções de Suécia e Eslováquia protagonizaram inícios de campanha auspiciosos neste Grupo E do Euro 2020. Os homens do norte da Europa travaram a Espanha no Olímpico de La Cartuja, em Sevilha, ao passo que os eslovacos protagonizaram uma das surpresas da primeira ronda ao vencerem a Polónia por duas bolas a uma. Esta sexta-feira (18), as duas seleções defrontar-se-ão em São Petersburgo.
Análise Suécia
A Suécia de Janne Andersson estreou-se de forma muito satisfatória neste Euro 2020. A equipa do norte da Europa resgatou um ponto ao empatar sem golos diante da seleção espanhola, favorita à conquista do Grupo E. Num encontro amplamente dominado pela “La Roja” que terminou o encontro com cerca de 85 por cento de posse de bola e 829 passes corretos (contra apenas 89), a Suécia foi capaz de suster o maior ascendente espanhol que, diga-se de passagem, não teve tradução no número de ocasiões de golo criadas – os espanhóis remataram apenas cinco vezes na direção da baliza, parco registo para tamanho domínio. Quando conseguiram encontrar os caminhos para a baliza, brilhou Robin Olsen, guarda-redes sueco que foi dos melhores em campo. De resto, apesar de ter rematado apenas uma vez na direção da baliza, a Suécia esteve mesmo perto de marcar por intermédio de Alexander Isak, naquele que seria um autêntico “golpe de teatro” em Sevilha.
Os suecos preparam-se agora para um encontro totalmente distinto a todos os níveis e sabem que precisam de adotar uma postura totalmente distinta. Pede-se aos comandados de Janne Andersson que mantenham a coesão e solidariedade do ponto de vista defensivo, mas terão que assumir mais o jogo, ter mais iniciativa e chegar à frente, até porque a conquista de três pontos deixará a equipa em ótima posição para seguir para os “oitavos” da competição.
Janne Andersson deverá repetir a aposta no 1x4x4x2 que utilizou frente a Espanha e contrará com um reforço de peso para este desafio: Dejan Kulusevski, jogador que recuperou após ter testado positivo à COVID-19 e já poderá ser opção neste encontro. Lustig abandonou o primeiro encontro queixoso e poderá ser baixa aqui.
Onze provável: Olsen, Krafth, Londelof, Danielson, Augustinsson, Olsson, Larsson, Forsberg, Claesson, Berg, Isak
Análise Eslováquia
A seleção da Eslováquia protagonizou uma das surpresas da primeira ronda e fê-lo com todo o mérito. No duelo com a Polónia de Paulo Sousa, a formação eslovaca conseguiu contrariar o favoritismo adversário e conquistou os três pontos ao levar a melhor por duas bolas a uma. Perante uma Polónia um tanto ou quanto desinspirada, a formação eslovaca rubricou uma exibição interessante, entrou bem no jogo e até assumiu a dianteira do marcador logo aos 18 minutos, beneficiando de uma infelicidade do guardião Szczesny. O golo galvanizou a equipa que rubricou uma boa exibição coletiva, organizada, combativa, competente no momento sem bola e surpreendente pela abordagem adotada, disposta a pressionar alto e a tentar roubar bola em zona alta. A Polónia melhorou no final do primeiro tempo e empatou mesmo o desafio a abrir o segundo, mas viria a sofrer um duro revés aos 62 minutos com a expulsão de Krychowiak, médio que recebeu o segundo cartão amarelo e consequente ordem de expulsão. Os comandados de Stefan Tarkovic tiraram partido da superioridade numérica, cresceram no jogo e chegaram a um golo graças a um pontapé de Milan Skriniar, o eslovaco mais jovem de sempre a estrear-se na fase final de um Campeonato da Europa, há cinco anos, em França. Apesar de ter jogado cerca de meia hora em superioridade numérica, a Eslováquia fez um jogo muito competente mesmo quando a partida esteve 11 contra 11 e acabou por recolher os frutos disso mesmo. Desengane-se quem crê que o sucesso eslovaco teve muito que ver com o facto de ter jogado algum tempo em superioridade numérica, dado que, nos momentos que antecederam a expulsão, os eslovacos estiveram em bom plano e demonstraram que podem contrariar o favoritismo desta formação da Suécia.
Os eslovacos não deverão apresentar-se com grandes alterações neste jogo, embora Hrosovsky esteja “na caralha” para integrar o onze.
Onze provável: Dúbravka, Pekarík, Staka, Skriniar, Hubocan, Hrosovsky, Kucka, Hamsik, Haraslín, Mak, Duda
Dica de Prognóstico
O favoritismo está do lado da Suécia, mas o bom desempenho da Eslováquia na primeira jornada reforça a nossa convicção de que poderá criar muitas dificuldades aos homens do norte da Europa. Ainda assim, os eslovacos deverão adotar uma postura mais expectante.