Stjarnan – Celtic (Liga dos Campeões)
A maior preocupação estre as hostes escocesas é o relvado artificial que vão encontrar na Islândia. A vantagem de dois golos sem resposta, que levam na bagagem, ajuda mas no seu terreno a semiprofissional equipa do Stjarnan vai tentar a sua sorte. O Celtic tem que estar preparado para anular a tentativa de reação.
O Stjarnan está longe de repetir o sucesso da temporada passada, que lhe valeu o título islandês. Desta feita, à décima segunda jornada, a iniciar a segunda volta do campeonato, ocupa a sétima posição, com dezasseis pontos. A equipa orientada por Rúnar Sigmundsson tem uma vitória, três derrotas e um empate nos últimos cinco jogos domésticos, a que se soma o desaire da primeira mão da segunda pré-eliminatória da Liga dos Campeões, em Glasgow (2-0). Apesar de ser o atual campeão islandês, o clube de Gardabaer não é uma estrutura profissional, como aquelas a que estamos habituados. As coisas são conduzidas com a maior seriedade e organização mas uma boa parte destes jogadores tem o seu emprego das nove às cinco que conciliam com os treinos e competições. Tendo noção das suas limitações também sabem que têm uma vantagem caseira que vai além do relvado sintético a que os estrangeiros, especialmente os habituados a pastos verdejantes durante todo o ano, torcem o nariz.
Onze provável: Gunnar Nielsen – Heidar Aegisson, Brynar Gudjónsson, Daniel Laxdal, Árnason – Michael Praest, Atli Jóhannsson – Arnar Már Bjorgvinsson, Ólafur Finsen, Halldór Bjornsson – Jeppe Hansen.
A maior dificuldade do Celtic de Glasgow será ultrapassar o choque inicial e começar a explanar o seu futebol. Não se trata apenas da adaptação ao piso sintético, que quem conhece diz não ser grande espacialidade. Toda a envolvência de um recinto que tem uma lotação de mil espetadores. Talvez facilite se os jogadores imaginarem que se deslocaram a uma terreola pequena, nas terras altas da Escócia, para um jogo da Taça. O cenário é esse. Mas com cautela. O plantel islandês pode estar mais perto do conceito de amador mas este já não é a sua primeira andança nas competições europeias. Na temporada passada o Stjarnan eliminou o Motherwell e os polacos do Lech Poznan, antes do Inter de Milão ter reposto a ordem no universo futebolístico. Além do fator surpresa ajuda o facto de estarem em plena competição. Por oposição, o Celtic está apenas a começar a pré-temporada. O jogo da primeira mão cumpriu o objetivo da equipa, que era a vitória, sem conceder golos. Mas a exibição ficou longe daquilo que os Hoops sabem e podem fazer. Calhou bem o amigável jogado de sábado, com o Eibar, e o triunfo por 4-1 sobre os espanhóis. Não só dá confiança como evidenciou muito mais as capacidades reais do coletivo escocês. O extremo-esquerdo Leighton Griffiths fez o seu hat-trick e veremos se essa produtividade faz com que o técnico lhe dê honras de titularidade. É certo que Ronny Deila não ficou nada satisfeito com a atitude dos seus jogadores no encontro da primeira mão, que apelidou de pouco profissional, portanto, alguém que dá o litro e converte deveria ter via aberta para o onze inicial.
Onze provável: Craig Gordon – Mikael Lustig, Dedryck Boyata, Charlie Mulgrew, Emilio Izaguire – Scott Borwn, Nir Biton – James Forrest, Stefan Johansen, Stuart Armstrong – Nadir Çiftçi.
O único confronto é o da primeira mão.
Celtic | 2-0 | Stjarnan | Liga dos Campeões (2PE) 15/16 |