Stanislas Wawrinka – Roger Federer (ATP -Wimbledon)
Pela primeira vez, a Suíça terá dois tenistas nos quartos-de-final de Wimbledon. Mas é sol de pouca dura. Na próxima ronda Wawrinka e Federer vão estar frente a frente e um deles ficará pelo caminho. Visto por outro prisma, haverá de certeza um helvético nas meias-finais do Major britânico. Quem será?
Stanislas Wawrinka é, neste momento o número um suíço, ocupando a terceira posição do ranking ATP. A época começou da melhor maneira possível, com a conquista do seu primeiro título num torneio do Grand Slam, no caso o Open da Austrália. Stan superou adversários de peso, como Novak Djokovic (2-6, 6-4, 6-2, 3-6, 9-7) e Thomas Berdych (6-3, 6-7, 7-6, 7-6). A única sombra nesse percurso imaculado em Melbourne, que culminou com a vitória sobre o líder mundial, Rafa Nadal, foi precisamente as limitações físicas do espanhol. Três meses depois, Wawrinka deu a melhor resposta possível aos cínicos que desmereceram do seu triunfo na Austrália, ao se sagrar campeão em Monte Carlo, o seu primeiro título num Masters 1000. E fê-lo em grande estilo, batendo o seu compatriota e antigo número um mundial, Roger Federer (4-6, 7-6, 6-2). De certa forma essa partida foi encarada como a passagem à maioridade do suíço mais novo, até aqui na sombra do “irmão” mais velho. O atingir dessas metas, durante tanto tempo fora do seu alcance, deu um nó na cabeça de Stanislas, como o próprio admitiu recentemente, na antevisão de Wimbledon. “Tinha acabado de ganhar um Grand Slam, sentia que não seria um problema se perdesse a seguir”, confessou o terceiro tenista mais cotado do circuito. “Fiquei um pouco a questionar-me: qual é o próximo objetivo, o que é que eu quero agora, quem é que quero ser?” A verdade é que as prestações de Wawrinka esta temporada têm sido aos altos e baixo, com vitórias em torneios históricos a serem sucedidas de eliminações precoces, contra opositores teoricamente acessíveis. Em Roland Garros, por exemplo, Stan foi afastado na primeira ronda, pelo espanhol Guillermo Garcia-Lopez, pelos parciais de 6-4, 5-7, 6-2 e 6-0. Admitir as dúvidas existenciais que o assaltaram parece ter sido o primeiro passo no seu regresso ao topo do ténis mundial. Antes de viajar para Wimbledon, Wawrinka fez a sua passagem por Queen’s e só foi barrado pelo búlgaro Grigor Dimitrov (6-2, 6-4), que viria a conquistar o torneio. Já no Grand Slam britânico, o suíço tem superdos todas as rondas sem tropeçar. No rol de adversários que mandou para casa – Sousa, Lu, Istomin e Feliciano Lopez – só o chinês o forçou a um quarto set.
Esta pode ser a última oportunidade para Roger Federer conquistar um título de um Grand Slam, na superfície relvada em que ele foi rei sem igual. O suíço de trinta e dois anos tem estado a bom nível em 2014, depois de um ano anterior para esquecer. Chegou a cinco finais e venceu duas delas, no Dubai, frente a Thomas Berdych (3-6, 6-4, 6-3), e em Halle, diante do colombiano Alejandro Falla (7-6, 7-6). Foi semifinalista em Melbourne, no Major australiano, onde caiu às mãos de Rafa Nadal (7-6, 6-3, 6-3). As suas piores prestações da época aconteceram em Roma, onde não foi além da primeira partida (Chardy, 1-6, 6-3, 7-6), e em Roland Garros, onde se ficou pelos oitavos-de-final (Gulbis, 6-7, 7-6, 6-2, 4-6, 6-3), o que é bem significativo do nível das suas exibições. Leva um registo de trinta e oito vitórias e sete derrotas.
Agora está na sua superfície de eleição. Conquistou mais um título em Halle e em Winbledon ainda não cedeu um único set.
Wawrinka e Federer já se defrontaram dezassete vezes, com o tenista mais velho a levar franca vantagem (quinze vitórias). Significativo, ou não, o último embate, este ano em Monte Carlo, caiu para o lado de Stanislas, por dois sets a um. Curiosamente, a outra vez em que se conseguiu superiorizar a Roger foi também na terra batida do Mónaco, em 2009.
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