Stan Wawrinka – Pablo Cuevas (ATP Masters Monte Carlo)
Stan Wawrinka precisou de três sets para passar por Vesely e agora enfrenta o uruguaio que eliminou João Sousa. Não é de estranhar alguns percalços já que foi a primeira partida do suíço em terra batida e estas rondas iniciais são mesmo para ganhar à vontade e ritmo. Mas agora o número três mundial enfrenta um especialista na superfície e vai ter que subir o nível.
Stan Wawrinka deu início à temporada de terra batida defrontando o checo Jiri Vesely (6-2, 4-6, 6-2) na segunda ronda do Masters 1000 de Monte Carlo. E como seria de esperar, tratando-se da sua primeira partida nesta superfície este ano, não foi um treino. Mas no fim o suíço estava satisfeito com o que tinha produzido. O importante nesta altura é vencer encontros, superar etapas, fazendo a transição para a nova superfície. Como o número três mundial reconheceu, teve uma pequena quebra no segundo parcial, associada a uma reação de Vesely, mas Wawrinka foi capaz de reorientar o seu jogo para reclamar o terceiro de forma certeira. Uma hora e meia em court e três sets, o suíço está pronto para o obstáculo seguinte.
Wawrinka venceu por fim o torneio de Monte Carlo há três anos, derrotando para o efeito o compatriota Roger Federer (4-6, 7-6, 6-2). No ano passado foi travado nos quartos de final, por Rafael Nadal (6-1, 6-4).
Esta temporada o suíço ainda não conquistou nenhum troféu. Esteve perto no Masters de Indian Wells, onde foi finalista vencido. Alías, Federer tem sido o empecilho no percurso, esta época. Afastou-o na meia-final do Open da Austrália (7-5, 6-3, 1-6, 4-6, 6-3) e novamente na final do Masters da Califórnia (6-4, 7-5).
Wawrinka pode ser um tenista demolidor em terra batida, quando consegue fazer valer o peso das suas pancadas, e já tem um Roland Garros (2014) no currículo. Veremos se este é um ano de sucesso na superfície.
Pablo Cuevas já fez tantas partidas em piso sintético como em terra batida, este ano – oito de cada – e não surpreenderá ninguém que tenha tido maior sucesso no pó de tijolo. Atenção, não é apenas um tenista competente nesta superfície e os quartos de final em Indian Wells, onde foi travado por Carreño Busta (6-1, 3-6, 7-6), são evidência bastante. Mas, para não variar, o único troféu conquistado este ano, até à data, foi no Open do Brasil, em São Paulo, onde bateu Albert Ramos Vinolas (6-7, 6-4, 6-4). Aliás, os seis títulos de carreira que detém foram todos ganhos em terra batida.
O uruguaio está pela primeira vez na terceira ronda do Masters monegasco, infelizmente à custa de João Sousa (6-3, 6-3). Numa partida bastante equilibrada, discutida quase exclusivamente da linha de fundo, Cuevas foi superior ao português nos momentos decisivos de ambos os sets e nem sequer teve que passar demasiado tempo em court. Na ronda inicial, frente a Viktor Troicki (6-3, 6-0) demonstrou logo que vinha com uma rotação elevada. Essa é a grande vantagem do uruguaio nesta altura da época: enquanto muitos ainda se estão a adaptar ao piso já ele segue em velocidade cruzeiro.
Estranhamente, Stan Wawrinka e Pablo Cuevas nunca se defrontaram antes. Uma peculiaridade para dois tenistas trintões que já andam no circuito há quinze e treze anos, respetivamente.